A Resistência da Guiné-Bissau /
Movimento “Ba-Fatá” quer que o Presidente da República, José Mário Vaz,
dissolva o parlamento, que não consegue ter uma maioria capaz de assegurar a
estabilidade governativa na Guiné-Bissau.
Esta quinta-feira, 2 de Março, em
conferência de imprensa, realizada na sua sede em Bissau, o presidente do
Movimento “Ba-Fatá”, Fernando Mendes, instou José Mário Vaz a demitir o actual
governo, liderado por Umaro Sissoko Embaló, por este estar sem os instrumentos
que viabilizem a sua actuação.
A RGB sugere, por isso, que o próximo
chefe do executivo guineense seja uma figura isenta, desinteressada, idónea,
com um nível intelectual, ético e moral inquestionável, capaz de dialogar com a
sociedade guineense, com vista a formação de um “governo inclusivo”, onde todos
os partidos possam indicar um determinado número de quadros com um perfil a
discutir.
“Esse governo deverá ter uma agenda e
um termo de referência bem definido, cuja missão deve essencialmente ser o de
propor as reformas das leis, nomeadamente a Constituição da República e Lei
Eleitoral, reformas na Função Pública e nas forças de Defesa e Segurança.
Assegurar a isenção da comissão nacional das eleições e preparar o país para
novas eleições com condições de transparência e justiça” sugeriu Fernando
Mendes.
A RGB/Movimento “Ba-Fatá” entende que
a presente legislatura está falhada, porque nenhum dos governos empossados pelo
Presidente da República não conseguiu a sua legitimação na Assembleia Nacional Popular.
“O próprio acordo de Conacri falhou,
porque os patrocinadores do referido acordo não foram contundentes na indicação
do primeiro-ministro de consenso que saiu do acordo. Verifica-se uma postura
muito branda que digo conivente da Comunidade Internacional em relação a este
assunto” acusou o líder da RGB.
Fernando Mendes voltou a elogiar as
Forças de Defesa e Segurança pela postura imparcial que têm assumido ao longo
da crise política, tendo apelado à Comunidade Internacional para assumir uma
postura mais vigorosa no apoio a solução da crise política guineense.
Tiago Seide
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