12/03/2017 às 15:20
Depois do Movimento “O Cidadão “, que apoia o Governo, este sábado foi a vez do “Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados”, primeiro no histórico das manifestações, a ocupar a principal avenida de Bissau, para exigir a renúncia do presidente da República, José Mário Vaz. Para os manifestantes, Mário Vaz é principal “responsável” pela crise política e, por isso, deve deixar a presidência, possibilitando a convocação das eleições antecipadas.
O “Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados” defendeu que não pretende, com as suas ações, subverter a ordem constitucional na Guiné-Bissau, mas sim exigir a renúncia, de forma livre e espontânea, sem a violência, do Chefe de Estado guineense, José Mário Vaz.
A posição do Movimento foi tornada ao público este sábado, 11 de março, pelo seu porta-voz, Lesmes Monteiro, no final da marcha em Bissau. O mesmo responsável, dirigindo-se à comunidade internacional, garantiu que o povo da Guiné-Bissau está exausto e cansado dos políticos do país.
“Jomav (José Mário Vaz) não conseguiu garantir o básico das suas atribuições constitucionais. Não conseguiu garantir a estabilidade no país. Dividiu os guineenses” disse Lesmes Monteiro que acrescentou que “nunca houve uma divisão de tamanha gravura na Guiné-Bissau como atualmente. Divisão étnica, religioso, social e até a divisão no aparelho judicial”.
Referindo-se à presidência aberta, iniciada este sábado, pelo Presidente da República, em Gabu, no leste do país, Lesmes Monteiro considera vergonhosa a iniciativa presidencial, porque, segundo José Mário Vaz, o presidente não conseguiu garantir o básico para o povo guineense e está, com a sua presidência aberta, a esbanjar o dinheiro do povo.
“Aquela presidência aberta de fachada não vai resultar em nada, porque o povo está consciente de que ele quer, mas não pode” afirmou Monteiro.
O porta-voz do “Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados” anunciou ainda para 25 de março, uma nova marcha pacífica para exigir a renúncia, de forma livre e espontânea, sem a violência, do Chefe de Estado guineense, José Mário Vaz.
Tiago Seide
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