O governo guineense já evidenciou
mecanismos para evitar expulsões de estudantes guineenses no Brasil por falta
de passaporte enviando uma equipa de emissão de passaportes
A comissão encarregue de renovar os
passaportes chegou no Brasil no dia 24 de Fevereiro e desde a data iniciou os
trabalhos. Entretanto, a comissão tem até o dia 10 corrente para emitir
passaporte aos estudantes guineenses nos estados de Ceará, da Baía, do Belo
Horizonte e do São Paulo.
Os trabalhos da emissão dos passaportes
estão a ser coordenados pelo cônsul da embaixada da Guiné-Bissau no Brasil.
Entrevistado pelo jornalista Casimiro
Jorge Cajucam que se encontra no Brasil, Fernando Borges Araújo Monteiro, disse
que a iniciativa visa responder os problemas dos passaportes da comunidade
guineense no solo Brasileiro.
“O governo pretende cobrir a emissão
dos passaportes aqui no Brasil. Cobrir todo o Brasil não é possível”, admite.
Ainda a partir do Brasil, igualmente
ouvido pela Rádio Sol Mansi, apesar de estarem satisfeitos com a iniciativa do
governo, os estudantes protestam contra o preço estipulados para obtenção dos
passaportes. Segundo eles o preço é “muito alto” porque em 2016 pagaram 30
euros e agora estão a pagar 55 euros.
De acordo com Cristiano Sanca,
presidente de a Associação dos Estudantes Guineenses ao nível do estado de
Ceará, com o preço estipulado vários estudantes guineenses correm o risco de
serem despejados das suas residências.
“Os estudantes recebem a bolsa no valor
de 580 reiais e pagando o passaporte no valor de 325 reiais corre-se o risco de
não pagar a renda e principalmente para alimentação. Isso irá criar maior
impacto na vida dos estudantes. Tentamos conseguir a baixa do valor mas o
governo diz não ter condições para assumir as despesas extras”, explica.
Confrontado com esta situação, o Cônsul
disse que a aplicação do preço na emissão dos passaportes deve-se a aplicação
de um despacho sem que haja um documento que engaja o governo na emissão dos
passaportes.
“Não podemos continuar a praticar o
valor anterior para a emissão dos passaportes no exterior sem que haja o
engajamento do governo. É a nossa vontade deixar os estudantes pagarem menos.
Quem vai assumir a diferença no INACEP, Será que o governo, no conselho de
ministros, irá reduzir o preço dos passaportes aos estudantes”, interroga.
O problema dos passaportes tem sido
recorrente principalmente para os estudantes guineenses no exterior que várias
vezes correm o risco de perderem bolsas de estudo e alguns são obrigados a
deslocar até ao país para troca deste documento.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos
/ Casimiro Jorge Cajucam
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