Bissau, 14 Dez 16 (ANG) - A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau (UNTG) iniciou esta terça-feira uma greve de dois dias reivindicando entre outras, a fixação do salário mínimo nacional em 75 mil francos CFA.
Secretário Geral da UNTG |
Segundo o porta-voz da Comissão de greve Júlio Mendonça citado pela RDP África, a situação de 28 mil francos CFA que se verifica como salário mínimo actualmente na função pública da Guiné-Bissau deve-se a uma falta de vontade dos governantes, no que concerne a melhoria de situação de vida dos trabalhadores.
“Desde a independência até data presente nenhum funcionário público consegue se satisfazer com o seu salário. A situação vivida na função pública guineense é dos piores. Um funcionário público nem se quer consegue construir uma casa ou então viver bem com a sua família na base do seu salário”, lamento.
Mendonça. acrescenta que, nessas condições, vai ser difícil combater a corrupção na função pública, porque “quando uma pessoa não tem dinheiro recorre a outras vias para satisfazer as suas necessidades”.
“Os nossos governantes pensam sempre em seus interesses pessoais, por isso, levam vida de luxo e nós somos sempre os prejudicados”,, disse Julho Mendonça.
O porta-voz da comissão da greve prevista para hoje e amanha, disse que a paralisação se realiza igualmente em solidariedade para com os funcionários das empresas de telecomunicações Orange Bissau, MTN e Empresa de segurança “Masa”, cujos foram expulsos por exercerem os seus direitos sindicais.
ANG/AALS/SG
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