Guiné Bissau e Moçambique são os únicos
lusófonos que devem continuar a fazer parte da categoria dos Países Menos
Avançados (PMA) nos próximos oito anos, os dados constam no relatório das
Nações Unidas
Um relatório da Conferência da ONU
sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), menciona que o grupo terá 32 países
em 2021, 30 dos quais em África. Os outros são o Camboja e o Haiti.
Moçambique
O economista-chefe do UNCTAD para os
PMA, Rolf Traeger, falou à Rádio ONU, de Genebra, sobre a prestação das nações
de língua portuguesa.
"O facto de um PMA não ter a sua
classificação prevista, mesmo para os próximos 10 anos, não quer dizer
necessariamente que não esteja a fazer progressos. Isso é o que estamos vendo,
por exemplo, no caso de Moçambique, que está diversificando a sua economia com
o início da exploração de matérias-primas energéticas e também o
desenvolvimento de novas actividades económicas e apesar disso não tem a sua
classificação prevista até 2024."
Timor-Leste e São Tomé e Príncipe
O responsável disse que a lista de 16
países a obedecer a graduação até 2021 inclui os lusófonos Timor-Leste e São
Tomé e Príncipe.
"Cabo Verde, em 2004, foi
reclassificado e temos Angola cuja reclassificação ou a saída do grupo dos PMA
já foi decidida pela Assembleia Geral da ONU para 2021. No mesmo ano, segundo
as projecções ainda não oficiais, São Tomé e Príncipe também deverá ser
reclassificado, ou seja poderá deixar de ser PMA ."
De acordo com a agência não é
suficiente que um país deixe de fazer parte da lista dos menos avançados.
Armadilhas
A recomendação é que sejam lançadas as
bases para o seu desenvolvimento depois da graduação para evitar
"armadilhas". Entre estas estão a dependência das matérias-primas, a
comodidade de pertencer ao grupo de renda média que pode levar a uma reversão
ao estado anterior.
Acelerar as políticas e os planos de
graduação para a transformação das economias rurais, combinar políticas
industriais e um aumento considerável do investimento público são as outras
recomendações.
Os países fora do grupo também são
aconselhados a aumentar o espaço fiscal e abordar a desigualdade de género.
Texto Rádio ONU
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