sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

UM PRESIDENTE MOVIDO APENAS E SÓ PELA AMBIÇÃO DO PODER

Nota-se de longe, que os conspiradores do golpe que derrubou mais uma vez um governo do partido PAIGC (vencedor, das eleições gerais de 2014), movidos apenas e só pela ambição do poder, não se prepararam minimamente! O que leva neste momento a maior parte dos guineenses concluírem que, em nenhum momento se pensou num “plano estratégico” para assumir as rédeas do país e, como consequência, vive-se o “braço-de-ferro” entre as instituições da república tornando este impasse num fardo ou algo fatigante no ambiente socioeconômico do país. 

É cada vez maior o número das opiniões (no espaço virtual pelo menos) convergentes a respeito da causa desta crise pela qual vem passando a Guiné. Tais concordâncias, quanto à natureza e à forma, nem sempre implicaram em concordâncias a respeito das medidas que deveriam ser tomadas pelo chefe de Estado. Todos concordam que há a necessidade de pôr cobro a CRISE e poucos acreditam que o nosso PR, ou melhor, o nosso “garante da constituição” seja capaz de fazê-lo. 

E as concordâncias(?)..Ah! as concordâncias terminam no diagnóstico da causa desta crise, sobretudo, lendo os artigos de vários notáveis formadores de opinião guineense que finalmente caíram na real, como diriam os meus manos brazukas.  

Notou-se também de longe que ele (entenda-se PR) seria o grande articulador e símbolo do golpe, aglutinando em torno de si o pior da política e da sociedade guineense. Explora-se a ideia de que esta crise é resultado de compromissos político-econômicos assumidos à posteriori pelo “primeiro magistrado” contrariando assim os princípios e compromissos assumidos antes da sua ascensão ao poder. O que levou o partido PAIGC que o fez chegar ao poder imprimir uma determinada dinâmica desfavorável aos acordos implícitos que foram sendo sempre violados pelo timoneiro. E tudo indica que este último acordo, o de Conakry, também não vai ser respeitada.

Ninguém pode prever as consequências dessa grave crise institucional se o bom senso não prevalecer e os responsáveis pelo comando dos poderes não buscarem um entendimento. Os interesses maiores da Nação devem estar acima do corporativismo ou dos interesses de grupos como os 15 ou 14 como quiserem chamar. 

Para que esta grave CRISE seja superada e a relação entre as instituições seja restaurada em sua normalidade democrática, é fundamental que se trave a cultura dos lambe botas (di bari padja), servilismo e bajulamento que quer dominar o meio político guineense! Fez-se do JOMAV o superego da Nação! É extremamente aceitável que hoje haja a personalização ou pessoalização da crise, atribuindo a ele o elemento desestabilizador.  

Não foi por um acaso que Carlos Lopes considerado como o maior intelectual vivo guineense, alertou ainda esta semana nas antenas da RFI que "um dos problemas principais da Guiné-Bissau é o excesso de pessoalização da vida política" e vai mais longe dizendo que o país "está a sofrer estruturalmente de um problema de liderança profundo".

E agora aparece hoje, uma das maiores organizações da sociedade civil guineense a Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) apontando o culpado da tragédia guineense, é ele mesmo, o PR JOMAV.  

E claro que apetece perguntar ao PR JOMAV se é possível ou não, pôr de lado as suas diferenças pessoais e buscar com equilíbrio e serenidade, uma solução que atenda aos interesses da Nação guineense?

Se a resposta for o retundo NÃO, então demita-se e convoque eleições antecipadas!!!


Fui, que já faz tarde por esta bandas!


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