Eu venho dizendo o seguinte. O argumento do PAIGC
sobre a ata da reunião de Conacri devia ser um argumento secundário porque é
desprovido de uma prova substancial.
Desde já que nenhuma parte, salvo o mediador,
reteve uma cópia da ata da reunião em Conacri, a prova de que Augusto Olivais é
a figura escolhida ao cargo do Primeiro-ministro nessa reunião depende muito da
sinceridade e do grau da imparcialidade do mediador da CEDEAO e presidente da Guiné-Conacri,
Alpha Condé.
Perante essa crise, PAIGC deve sempre optar por
argumentos na base de princípios e fundamentos da democracia, não na base de
"diz que diz que"! A escolha/a nomeação de Umaro Sissoko violou o
ponto número um do Acordo de Conacri porque não foi "consensual" como
manda o mesmo acordo. Os 15 e o PRS eram indiferentes em qualquer que fosse a
escolha do Presidente da República (se estavam a dizer a verdade). Dali, resta
só o presidente acordar com o PAIGC na escolha de Augusto Olivais...
FONTE: ANG Bissau (16-12-2016)
Signatários do Acordo de Conacri na Cimeira de
Abuja
Bissau,16 Dez 16(ANG) - As delegações do PAIGC, UM,
PND e PCD deixaram Bissau quinta-feira com destino à Abuja, Nigéria, para
participarem na Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, cujo
início está marcado para sexta-feira, dia 16.
Segundo a Rádio Jovem, no encontro de Abuja, o medianeiro
da CEDEAO apresentará o relatório do resultado obtido em Conacri, com destaque
para a figura escolhida ao cargo do Primeiro-ministro da Guiné-Bissau.
O líder do Partido da Nova Democracia (PND) afirmou
que o Acordo de Conacri foi flagrantemente violado com a formação do governo de
Umaru Sissoco Embalo.
Iaia Djalo deixou esta afirmação à sua partida
quinta-feira para Abuja e adianta que os procedimentos que foram observados
para a constituição do novo Governo não respeitaram certas justeza e transparência
em relação ao que devia ser respeitado no acordo.
Iaia Djaló é um dos conselheiros do Presidente da República, que teve vários posicionamentos convergentes com o chefe de Estado.
Iaia Djaló é um dos conselheiros do Presidente da República, que teve vários posicionamentos convergentes com o chefe de Estado.
O líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira (DSP),
disse que trabalharam o bastante para a obtenção de um acordo em Conacri,
entretanto foi posto em causa pelo Presidente da República, em nomear Umaro
Sissoco, como Primeiro-ministro da Guiné-Bissau.
Domingos Simões Pereira disse esperar que, o
mediador da CEDEAO, partilhe com os seus pares e todos os signatários do
acordo, o verdadeiro espirito e a letra daquilo que foi assinado em Conacri, e
em consequência, ver se está a ser respeitado ou não.
Instado a falar sobre a inclusão de
alguns dirigentes do PAIGC no novo Governo, Simões Pereira recorda que, o
Comité Central do PAIGC já aprovou com maioria qualificada a não integração dos
dirigentes do partido no Governo liderado por Umaro Sissoco, e que os militantes
do PAIGC a que se referem votaram ao favor dessa resolução.
Voz das Katorzinhas
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