segunda-feira, 5 de junho de 2017


Cedeao deu mais 3 meses para acabar com crise guineense


mediaPrimeiro-ministro israelita e presidente liberiana na cimeira da CEDEAO de Monróvia a 4 de Junho de 2017.AFP
A CEDEAO deu mais 3 meses ao presidente da Guiné-Bissau para por cobro ao impasse que dura no país há cerca de dois anos. A organização regional optou este domingo em Monróvia por não adoptar sanções contra nenhum dos actores envolvidos.




O presidente da Comissão da CEDEAO, Marcel Alain de Souza, admitiu que a situação na Guiné-Bissau, no Mali, no norte da Nigéria, no Niger, no Burkina Faso e os recentes acontecimentos na Costa do Marfim apelavam a que se redobre de vigilância.
Este responsável lançou um "apelo urgente e solene" a todos os protagonistas da crise política guineense para se comprometerem na implementação dos acordos de Conacri, concluídos em Outubro no âmbito de uma mediação da CEDEAO.
O acordo em causa previa a escolha de um primeiro-ministro consensual que deveria manter-se em funções até as eleições legislativas de 2018.
A nomeação pelo presidente José Mário Vaz de Umaro Cissoko Embaló para o cargo tem sido denunciada por múltiplos actores políticos guineenses que instaram a que a CEDEAO adoptasse uma posição firme nesta matéria.
A organização regional que começou este domingo, de acordo com a agência afp, a retirar um primeiro contingente de 65 homens das suas tropas naquele país. A retirada dos cerca de 500 homens da Ecomib deveria terminar a 30 de Junho. Enquanto isso a comunidade regional prolongou o mandato das forças na Gâmbia por mais um ano. A CEDEAO pronunciou-se a favor de um acordo de princípio para a adesão de Marrocos à organização, Rabat que voltou recentemente à União Africana.
O rei marroquino que foi convidado a participar na próxima cimeira da organização, Mohamed VI recusara deslocar-se a Monróvia por o primeiro-ministro israelita participar nos trabalhos da CEDEAO.
A organização que aprovou o pedido da Tunísia para ser membro observador da mesma. A presença de Benjamin Nethanyahu permitiu a normalização de relações entre Tel Aviv e Dacar após uma crise provocada pela votação na ONU contra colonatos nos territórios palestinianos.
O presidente do Togo, Faure Gnassingbé, foi eleito para dirigir a organização regional sucedendo assim à presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf.
FV/RFI

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