segunda-feira, 19 de junho de 2017

Ordem dos Jornalistas chamada ao Gabinete de Bebe General Umaro Sissoko

António Nhaga, bastonário da Ordem dos Jornalistas da Guiné-Bissau, deslocou-se esta sexta-feira ao gabinete do primeiro-ministro para explicar declarações sobre a possível necessidade de importação de políticos para ocuparem o lugar dos da Guiné-Bissau. Palavras que surgem como resposta a declarações de Umaro Sissoco Embaló.








O primeiro-ministro da Guiné-Bissau anunciou que iria solicitar a instalação de jornalistas internacionais no seu país para melhor informarem a sociedade.
O bastonário da Ordem dos Jornalistas respondeu e sublinhou que talvez fosse necessário trazer de fora políticos para ocuparem o lugar dos da Guiné-Bissau.
Na sequência desta resposta o bastonário foi chamado, esta sexta-feira, ao gabinete do primeiro-ministro para explicações. António Nhaga reitera as suas palavras e sublinha que os jornalistas guineenses são os que melhor conhecem o terreno.
Na terça-feira passada, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, quando regressava de uma viagem ao estrangeiro, anunciou que iria solicitar que jornalistas de "outros órgãos internacionais" se instalassem no país para "melhor informarem" a sociedade guineense.
O líder do governo guineense sublinhou que "infelizmente temos uma sociedade muito desinformada", e para trazer maior pluralidade e abertura aos guineenses adiantou ter solicitado já a "órgãos de comunicação estrangeiros" para que se instalem na Guiné-Bissau.
Sissoco acrescentou que já pediu "aos meus amigos da France 24, Africa 24, Africable, para virem cá. Brevemente, vou mandar o meu ministro da Comunicação Social para que aqueles órgãos se venham cá instalar".
Em resposta ao primeiro-ministro, António Nhaga, bastonário da Ordem dos Jornalistas da Guiné-Bissau, considerou o anúncio "surreal", sublinhou que são os jornalistas guineenses que melhor conhecem a realidade do país e ironizou: "nós também vamos fazer a mesma coisa: vamos trazer políticos de outros países para virem cá fazer política"
FV/RFI

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