terça-feira, 25 de abril de 2017

Partido União para Mudança da Guiné-Bissau dá ultimato à CEDEAO
A União para Mudança (UM), partido com um deputado no parlamento da Guiné-Bissau, exigiu hoje à missão da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) para resolver o impasse político ou abandonar o país.

"A União para Mudança considera que esta é a ultima oportunidade que vamos dar à CEDEAO e à própria comunidade internacional de intervir nesta questão da Guiné-Bissau", declarou hoje, em conferência de imprensa, Jamel Hamden, da comissão política do partido.
Ao comentar a atualidade política guineense à luz da chegada no domingo ao país de uma missão de mediação da CEDEAO, Hamden afirmou que ou a organização e a própria comunidade internacional levem as partes a respeitarem o Acordo de Conacri ou então deixem a Guiné-Bissau.
"Se desta vez não sairmos daqui com o problema do Acordo de Conacri a ser implementado a União para Mudança considerará que a comunidade internacional falhou na sua missão de bons ofícios" para com a Guiné-Bissau, observou Jamel Hamden.
O Acordo de Conacri é um instrumento político patrocinado pelos líderes da CEDEAO desde outubro passado com o qual acreditam que os políticos guineenses irão encontrar entendimento, pondo fim a uma crise governativa que já dura há cerca de dois anos.
A União para Mudança e outros três partidos representados no Parlamento acusam o Presidente guineense, José Mário Vaz, de se recusar a cumprir com o Acordo de Conacri, daí que não reconhecem o governo em funções no país e cuja demissão exigem.
Para a UM, a CEDEAO "está a agir, em relação à Guiné-Bissau, de uma forma muito lenta".
"Tem estado a deixar esta situação arrastar-se e já se passaram, praticamente, dois anos, com a situação social e económica do país a agravar-se", defendeu o dirigente do partido liderado por Agnelo Regalla.
O partido avisa ainda a missão da CEDEAO que se encontra em Bissau de que tem que falar "sem ambiguidades, desta vez" para que se saiba se há ou não vontade de ajudar na resolução da crise, disse Jamel Hamden.
A organização enviou a Bissau os chefes da diplomacia do Togo e da Libéria, o ministro da presidência da Guiné-Conacri bem como o presidente da comissão, com o objetivo de analisar a aplicação do Acordo de Conacri.
FV/MB // EL

Lusa/Fim

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