CEDEAO AMEAÇA SANCIONAR INDIVÍDUOS QUE IMPEDEM A IMPLEMENTAÇÃO DO ACORDO DE CONACRI
A missão interministerial da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) ameaça avançar com sanções contra indivíduos ou grupos de indivíduos que tentam travar a implementação do ‘Acordo de Conacri’, assinado em Outubro de 2016, em Conacri, Guiné-Conacri.
A decisão da missão interministerial da organização regional que negocia o entendimento entre as forças políticas guineenses envolvidas na crise política e parlamentar que assola o país há cerca de dois anos, foi divulgada hoje, 25 de abril 2017, através do comunicado final apresentado na voz do Secretário-geral do Presidência da Guiné-Conacri, Nabi Yesoufe Bangoura.
A missão dirigida pela ministra dos Negócios Estrangeiros da Libéria, Marjon Kamara esteve no país durante 24 horas para monitorizar e avaliar o referido acordo junto das autoridades e dos atores políticos guineenses.
Bangoura disse que a missão constatou durante os contatos mantidos que o ‘Acordo de Conacri’ não está sendo implementado pelos seus signatários e igualmente partes em conflito, tendo lembrado que uma das decisões saídas da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo durante a sessão ordinária de 17 de dezembro de 2016, apelava a implementação de todas as decisões conforme a letra e espírito de acordo de Conacri, testemunhado pela União Africana e pelas Nações Unidas.
“Apelar a todos os atores políticos para tomarem todas as medidas necessárias e imediatas com vista a assegurar o funcionamento das instituições do Estado. Em consequência disso, pede-se ainda a comunidade internacional e os parceiros do desenvolvimento a honrarem as suas promessas e engajamentos assumidos para com o país, a fim de garantir o bom funcionamento das suas instituições para o interesse da população”, assegurou o comunicado lido na voz de Nabi Bangoura.
Na nota, a CEDEAO reitera seus elogios às forças armadas guineenses sobre o seu papel de não interferência na crise política atual, contudo exorta as forças da defesa a preservar a sua posição de neutralidade.
“Relembrar as autoridades a decisão saída da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, sobre a retirada do contingente militar do ‘ECOMIB’ de 28 de Abril a 30 de Junho de 2017. Exorta a comunidade internacional para dar todo apoio necessário à transferência completa e suave do contingente da CEDEAO para o comando das forças armadas guineenses. A decisão da retirada foi transmitida ao Presidente da República, José Mário Vaz, no dia 21 de Abril, através da Presidente da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo e igualmente Presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf”, informou.
O comunicado assegura neste particular que em caso de não respeito da decisão ou a falta de ação concertadas para a implementação do `Acordo de Conacri´ no prazo de 30 dias, a contar da data de publicação deste comunicado, a Autoridade dos Chefes de Estado e de Governo admite a imposição por todos os Estados membros de sanções adequadas contra indivíduos, grupos de indivíduos e entidades que travem a implementação harmoniosa de ‘Acordo de Conacri’.
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