O Jornalista e professor Universitário, António Nhaga, afirmou hoje que o dispositivo da comunicação escolhido pelo Chefe de Estado, José Mário Vaz não está inserida numa perspectiva democrática do país, numa alusão a sua intervenção esta quinta-feira no encerramento da presidência aberta aqui em Bissau. Igualmente presidente da Ordem dos jornalistas, Nhaga é da opinião que as intervenções do Presidente da República nunca foram perfeitas desde que assumiu o cargo do primeiro magistrado da nação em Junho 2014. Convidado pela Rádio Jovem a comentar afirmações de “JOMAV”, num comício popular no espaço verde no bairro, onde pediu a união de todos para aquilo que chama de guerra, António Nhaga, sublinha que o povo guineense não está minimamente interessado em conflitos. “Cada vez que ele comunica à nação traz sempre problema e não podemos passar cinco nisto e triste” referiu Nhaga. O Chefe de Estado, José Mário Vaz, avisou a comunidade internacional que não vai cumprir com o acordo de Conacri e está pronto para o que vier. António Nhaga, considera que politicamente não é correcto a posição do Presidente da República em desafiar a decisão da comunidade internacional, nomeadamente o conselho da segurança da ONU que o convidou a nomear um novo primeiro-ministro. “Éum discurso meramente político, porque Jomav não tem capacidade para gerir as sanções do conselho de segurança das nações unidas”, vingou ainda oJornalista e Docente Universitário. De recordar que na terça-feira os membros das organizações reuniram-se com o Presidente da República, José Mário Vaz, a quem manifestaram a sua preocupação pela ausência de progressos na aplicação do Acordo de Conacri. “Manifestamos a nossa preocupação pela ausência de progressos com vista a implementação do documento e também na sequência de missão de alto nível da CEDEAO, uma vez neste momento quadro tinha sido dado as autoridades nacionais uma recomendação de 30 dias para solução da situação que se vive no país, disse Ovídeo Pequeno, representante da União Africana no país, no final do encontro”. Na última missão sub-regional que esteve em Bissau para avaliar a sua aplicação, a CEDEAO exigiu o total cumprimento do Acordo de Conacri, sob pena de impor sanções a quem esteja a criar obstáculos a sua implementação. O prazo dado termina no próximo dia 25 do mês em curso.
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