quarta-feira, 31 de maio de 2017

PM guineense exorta polícia a usar qualquer método para manter dignidade do Estado
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, exortou hoje a polícia a usar "qualquer método, que achar conveniente", para restaurar a dignidade do Estado e não permitir a anarquia no país.
De regresso de uma viagem de trabalho a Israel, Sissoco Embaló reagiu, ainda no aeroporto de Bissau, aos incidentes ocorridos no último sábado, na sequência de uma manifestação de cidadãos inconformados com a crise política, que provocou dezenas de feridos, entre os quais sete polícias.
Para o primeiro-ministro guineense, situações como aquelas não se podem repetir.
Umaro Embaló disse ter trazido de Israel "gás lacrimogéneo" para a polícia "se defender melhor".
"Onde já se viu alguém a agredir a polícia até lhe partir a cabeça. Em que país é que estamos", questionou Embaló, citando outros países democratas onde, disse, a polícia também reage contra os manifestantes quando passam dos limites.
O chefe do governo guineense disse também não compreender o inconformismo dos jovens que se manifestam nas ruas de Bissau, acusando-os de se deixarem misturar "com bandidos" para perturbar a ordem pública.
Sobre a ameaça de haver sanções contra os líderes do país por parte da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), Umaro Sissoco Embaló afirmou que não está minimamente preocupado.
"Até me rio, porque vejo que as pessoas estão a dormir neste país. Sanção contra um Presidente da República, um primeiro-ministro", observou Embaló, que afasta essa possibilidade lembrando que na Guiné-Bissau "não houve golpe de Estado".
"Somos um governo legítimo em funções", sublinhou o primeiro-ministro guineense.
FV/MB // EL
Lusa/Fim

Guiné-Bissau: Ramos-Horta quer pulso firme de JOMAV

Guiné-Bissau continua confrontada com "grande imbróglio político", que exige uma posição firme do Presidente e uma solução guineense pela via do diálogo, defende José Ramos-Horta, em entrevista exclusiva à DW África.
Portugal | José Ramos-Horta (DW/J. Carlos)
José Ramos-Horta
O Prémio Nobel da Paz José Ramos-Horta apela à tranquilidade e ao entendimento na Guiné-Bissau. O político timorense pede ao Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, para reunir todas as partes do conflito na base de um diálogo sério com vista a salvar o país. A iniciativa presidencial, segundo José Ramos-Horta, deve durar o tempo que for necessário, até que seja possível definir uma agenda comum para os próximos 18 meses, que contribua para a estabilidade do país antes de eleições gerais.
Em Lisboa, José Ramos-Horta concedeu uma entrevista exclusiva à DW África, à margem das conferências do Estoril, que terminam esta quinta-feira (31.05) em Cascais, Portugal. O antigo Presidente de Timor-Leste, que representou as Nações Unidas em Bissau, depois do golpe de Estado de 2012, liderou a missão do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS, na sigla em inglês), criada para a consolidação da paz no país.
Para Ramos-Horta, o Presidente guineense José Mário Vaz "pode ainda salvar a sua presidência, salvar o país, se for inspirado por essa responsabilidade que é a de um chefe de Estado. Mas é necessário também que os outros deem as mãos, que também deem um passo ao encontro do Presidente".
" É preciso encontrar uma fórmula muito guineense para amenizar as tensões," refere o homem que também foi ministro dos Negócios Estrangeiros e primeiro-ministro de Timor-Leste.
Guinea-Bissau Anti Regierungs Protest (DW/A. Kriesch)
Protestos contra o Presidente da Guiné-Bissau, em março de 2017
Acordo liderado por "algum amigo"
Ramos-Horta sugere que a solução para a crise na Guiné-Bissau deveria contar "com a facilitação de algum amigo, alguém de confiança e com experiência". "Todos os atores políticos e sociais guineenses participariam para estudarem uma agenda mínima de ano e meio para acalmar o país, resolver algumas questões de urgência e - havendo um acordo mínimo que apazigue os ânimos - vamos então mobilizar apoio da comunidade internacional para ajudar a resolver a falta de pagamentos, sarar algumas feridas económicas e sociais, algum défice que há, para também compensar," considera o político timorense.
Ramos-Horta diz que não quer dar lições a ninguém, mas sim "continuar a ajudar", facilitando o diálogo como observador - depois de ter servido, durante ano e meio, como representante especial do secretário-geral das Nações Unidas, no tempo de Ban Ki-moon.
"Tenho andado em diálogo com gente das Nações Unidas, alertando o secretário-geral [António Guterres], o Departamento dos Assuntos Políticos, que é necessário fazer algo. Não se pode abandonar a Guiné-Bissau. Primeiro, apesar de tudo, o país não está em guerra. Não é Mali, não é República Centro-Africana nem Sudão do Sul. É preciso reconhecer o papel das Forças Armadas, que tem-se mostrado com muita disciplina, muita maturidade, não se imiscuindo mais nas querelas políticas da Guiné-Bissau. Tem que manter essa postura," defende.
O papel do Presidente
José Mário Vaz era um dos oradores das Conferências do Estoril, o qual se avistaria certamente com Ramos-Horta para falar da difícil situação política na Guiné-Bissau. Ambos encontraram-se em fevereiro deste ano em Bissau, entre as reuniões de consulta que o Prémio Nobel da Paz teve com várias autoridades e figuras da sociedade civil guineense.
Ramos-Horta esteve no país, na altura, para participar numa conferência sobre reconciliação e não numa missão de mediação – esclarece. Entende as manifestações de protesto contra o Presidente porque, afirma, "o povo está cansado, os jovens estão cansados, as escolas não funcionam, os funcionários não são pagos e, dado o imbróglio político, a comunidade internacional não liberta os dinheiros prometidos - e isso gera então contestação".
Devido a essa situação, "é preciso o Presidente tomar o pulso da situação com inteligência, com pragmatismo e com humildade," acrescenta.
Ramos-Horta dá a conhecer que não tem planos para regressar à Guiné-Bissau, mas deixa as portas abertas caso receba algum convite por parte das instituições soberanas guineenses, prometendo trabalhar sempre com as representações da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), União Africana (UA), União Europeia (UE) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
FV/DW
Horta quer pedir Jomav para revolver problema como Presidente da República e não de um grupo, ou seja, jomav tem que ter pulso firme em chamar todas as partes desavinda e incentivar um dialogo aberto e franco. 

Januário Pedro Correia conquista grau de Doutoramento pela FDUL

A Faculdade de Direito de Bissau conta com mais um Professor Doutor no seu corpo docente, sendo o seu primeiro na área de Ciências Jurídicas.
Trata-se de Januário Pedro Correia, cuja arguição pública da tese foi realizada segunda-feira (29), na área de ciências jurídicas e obteve a aprovação com distinção e por unanimidade dos júris com a nota de 17 valores.
O mais jovem professor Doutor da Faculdade de Direito de Bissau apresentou como tema de dissertação: “Sigilo Bancário no Direito Guineense – Uma perspectiva integrada de análise, compreensão e construção do regime jurídico quanto a sua extensão, limites e problemas atuais”.
FV/ Guiné Mindjor
TRB SUSPENDE MEDIDA DO GOVERNO SOBRE EXPORTAÇÃO DE CAJU E EMPRESARIO DO SETOR FAZ DENUNCIAS 
O Tribunal Regional de Bissau (TRB) suspendeu o novo circular nº 03/2071 bem como o decreto de Governo que dita medidas sobre a exportação da castanha de caju.
A decisão veio na sequência de uma providência cautelar interposta por Mamadú Yero Djamanca, presidente da Associação dos Importadores e Exportadores da Guiné-Bissau.
Reagindo a medida, o empresário considerou de crime premeditada as atitudes de Victor Mandinga, ministro do Comércio.
“Nado não pode ser árbitro e jogador ao mesmo tempo. Criando um novo FUMPI denominado Anca”
Yero Djamanca assegura que, o Governo ordena que cada exportador da castanha se deposite três quilos de caju à uma agência denominada “Anca”, criada pelo próprio Governo. E como se não bastasse, o preçário da licença de exportação que era fixado em setecentos cinquenta mil francos CFA, passa agora, a custar cinco milhões de francos CFA. 
Mamadú Djamanca opõe-se a nomeação de Victor Mandinga a testa do Ministério do Comércio, não apenas pelo seu interesse como empresário, mas também pela sua idoneidade moral por ser uma pessoa “suja” com interesses pessoais no negócio da castanha.
FV/NB

O primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embalo, criticou esta quarta-feira (31 de Maio) atitude de manifestantes do Movimento de Cidadãos Conscientes e inconformados, que levou ao confronto físico com as forças de segurança.
Umaro Sissoco que falava esta manhã a chegada ao país vindo de Israel após um périplo de alguns dias defendeu por outro lado que ninguém tem o direito de agredir as autoridades.
«Lamento muito a agressão as forças policiais porque sou homem do Estado, ninguém tem o direito de agredir as autoridades, felizmente outros países matam os manifestantes, mas isso não é caso da Guine Bissau. Trouxe comigo de Israel gaz lacrimogénio para ajudar policias a defender-se. Apesar de não ser todos manifestantes, mas quando temos delinquentes que agridem as forças policias, que moral tem para quem disse querer ser amanhã presidente ou primeiro-ministro deste país ao pactuar com a violência contra forças policiais?”
 Confrontado sobre a projecção de novas marchas no próximo sábado, Embalo mostrou-se aberto, afirmando que a autoridade policial estará preparada para fazer o seu trabalho.
Embalo avançou sobre a possível cooperação com as autoridades israelitas entre as quais a formação no domínio da agricultura e na área de defesa e segurança
«Solicitei a formação, como sabem, hoje não há geração de engenheiros electrotécnicos, também solicitei uma formação no domínio da agricultura e acho que brevemente uma delegação chefiada pelo ministro da agricultura porque Israel é conhecida na tecnologia no domínio agrícola e ainda formação na área de defesa e segurança, porque precisamos formar as pessoas, quando formamos as pessoas não vai haver as pessoas inocentes, muitas coisas que acontece no país é porque as pessoas são inocentes», concluiu.
FV/RSM



CONSCIENTES E INCONFORMADOS NÃO ESTÃO PARA BRINCADEIRAO Primeiro-Ministro vai encaixar mais uma queixa contra si desta vez pelos cidadãos conscientes e inconformados. Hoje será uma queixa crime por
pôr em caus a integridade fisica de Lesmes Monteiro e a segunda será amanhã contra o seu governo por ser ilegal e inconstitucional.
FV/GUINENDADI

Abate florestal continua na Guiné-Bissau apesar de moratória, diz relatório

Apesar da adopção em 2015 de uma moratória por um prazo de cinco anos sobre a exploração florestal na Guiné-Bissau, na sequência das denúncias de desmatação abusiva no período de 2012-2014, o abate florestal continua como refere um relatório intitulado "Diagnóstico sobre a situação de exploração de recursos florestais" apresentado hoje em Bissau nas instalações da ONG Tiniguena.  





Este documento, fruto de cerca de um ano de investigação no terreno financiado pela União Europeia, foi coordenado por Constantino Correia, engenheiro florestal e antigo director-geral dos Serviços Florestais da Guiné-Bissau. Na apresentação deste relatório que faz emergir designadamente a problemática que envolve a desmatação em proveito da cultura da castanha de caju, tornou-se igualmente a focar a questão do abate, exploração e comercialização da madeira no mercado interno serem efectuados com base na concessão de licenças estatais, apesar de esta prática não ser permitida.
De acordo com dados oficiais, só em 2014, período em que esta prática gerou aceso debate, a Direcção-Geral de Florestas e Fauna (DGFF) certificou a exportação de 91.138 metros cúbicos de madeira de pau-de-sangue com destino quase exclusivo para a China. Depois da polémica gerada em torno disso, no ano seguinte, o governo decretou um regulamento proibindo o abate de árvores nas florestas do país durante cinco anos. Apesar disso, nunca cessaram as denúncias de violação dessa moratória, chegando-se inclusivamente a falar em "máfias" que controlam essa actividade.
Ao identificar Oio, no norte, e Bafatá, no leste do país, como sendo neste momento as zonas mais afectadas pelo corte de madeira, o engenheiro florestal Constantino Correia refere contudo não ter dados exactos sobre a dimensão do problema por se tratar de uma actividade desenvolvida de "forma clandestina" apesar de as autoridades terem conhecimento disso. "Já não acontece da forma descarada que acontecia em 2012" refere o engenheiro que denuncia o papel desempenhado por "pessoas muito importantes" que estarão por detrás dessa situação."Na lei, toda a floresta pertence ao Estado" refere ainda o autor do relatório que considera "urgente que o Estado tome medidas que ponham cobro" a esta prática.
FV/RFI

Organizações femininas preocupadas com crise politica

As organizações de mulheres da Guiné-Bissau estão “profundamente” preocupadas com o agravar da crise política no país.
Num comunicado, condenam a conduta das forças policiais e dos manifestantes, no ultimo fim-de-semana, que degenerou em violência.
Para elas, o incidente espelha a dimensão da tensão política na Guiné-Bissau e consequente quebra do diálogo entre os protagonistas da crise.
As organizações das mulheres da Guiné-Bissau exortam, por isso, as forças de segurança, no sentido de adequar as suas actuações aos imperativos da lei, evitando o uso desproporcional da força contra o exercício dos direitos de liberdades fundamentais dos cidadãos.
Por outro lado, elas apelam o Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados, organização cívica que tem promovido manifestações contra o Presidente da Republica, e aos guineenses em geral, a absterem-se “de comportamentos violentos contra as forças de segurança, capazes de comprometer os valores da paz e provocar danos incalculáveis na vida e integridade física dos cidadãos”.
Apelam também ao Ministério Público, a abertura de um inquérito célere e transparente para o esclarecimento cabal das circunstâncias que rodearam a violência entre os manifestantes e forças de segurança, e consequente responsabilização criminal dos infratores.
Á Comunidade Internacional, as mulheres guineenses alertam no sentido de manter vigilante e accionar mecanismos, com vista a evitar derrapagens no país.
O posicionamento das organizações das mulheres da Guiné-Bissau surge numa altura em que o Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados agendou para o próximo sábado, dia 3 de junho, mais uma marcha pacifica para exigir o fim da crise, com a renúncia do Presidente, José Mário Vaz.
E, noutra frente, o Movimento “O Cidadão”, ligado ao actual poder politico, convocou, para o mesmo dia a sua manifestação para exigir a abertura das sessões parlamentares, depois de ter promovido, na semana passada, uma vigília frente a sede do parlamentar com o mesmo propósito.
FV/VOA
DENILZA CÁ VULGO “DENIZE” DA FFGB OUVIDA NO MP NO ÂMBITO DE ALEGADA CORRUPÇÃO
O Ministério Público (MP) não desarma. Continua mirar flecha contra algumas figuras ligadas a Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB), suspeitas sobre o indício de corrupção financeira neste órgão federativo. 
Após Virgínia Mendes da Cruz, agora é a vez de Denilza Cá, vulgo “Denize”, secretária da Secretária-geral da Federação de Futebol ouvida nesta manhã, na Procuradoria-Geral da República sobre a matéria.
A audição durou cerca de duas horas e a saída, o advogado da suspeita recusou prestar quaisquer declarações aos jornalistas.
Recorde-se que no passado dia 25 deste mês, o Ministério Público ouviu, Virgínia Mendes da Cruz, Secretária-geral da Federação de Futebol.
Notabanca soube que, a Procuradoria-Geral da República produziu um despacho que proíbe a entrada, temporariamente da Virgínia Mendes na sede da Federação de Futebol, também retirando-a o passaporte e viatura, enquanto decorre as investigações.
Quem será o próximo? De certeza é Presidente da FFGB, Manuel Nascimento Lopes "Manelinho" já na quinta-feira, 01 de junho.
FV/NB
SALIF SADJO LÍDER MFDC E O GOVERNO SENEGALÊS RETOMAM NEGOCIAÇÕES EM BREVE
Macky Sall
Governo do Senegal e o Movimento das Forças Democráticas de Cassamance (MFDC) retomam as novas rondas de negociações, que foram relançados p
ela comunidade Católica de Santo Egídio. 
Salif Sadio
Revelou um dos principais chefes rebeldes, citado pela AFP. 
O chefe da ala militar mais radical do movimento Salif Sadjo lembrou que “havia prometido perante o mundo passar pela via pacífica para regular esse problema”.
Entretanto, nenhum responsável do Estado senegalês ligado ao dossier pode reagir as declarações de Salif Sadjo, numa entrevista a Rádio de Ziguinchor FM, localizada em Ziguinchor, difundida no último final de semana.
Recorde-se que, o MFDC leva a cabo desde 26 Dezembro de 1982, uma rebelião pela independência do Cassamance, Sul do Senegal.
FV/NB

terça-feira, 30 de maio de 2017

G-5 apela chefe de Estado para relançar diálogo em busca da solução

 O grupo dos cinco partidos políticos denominado (G-5)) apelou esta sexta-feira ao Presidente da República para relançar o diálogo em busca de uma solução de consenso para o bem do país.



O apelo vem expressa num comunicado à imprensa enviado à ANG, no qual o grupo critica que as últimas declarações proferidas pelo Chefe de Estado, no passado dia 18 do mês em curso, constitui uma afronta à inteligência dos guineenses,e desemboca numa grave violação da lei magna do país.

Segundo o documento subscrito pelos partidos: Aliança Socialista Guineense (ASG), Movimento Democrático Guineense (MDG), Partido Africano para a Liberdade, Organização e Progresso (PALOP}, Partido Social Democrata (PSD) e Partido dos Trabalhadores (PT), José Mário Vaz está a impor uma solução governativa, comprovadamente fora do quadro do Acordo de Conacri e contra o disposto na constituição, invocando o direito de fazer guerra aos seus inimigos políticos.

“Essa vontade do Presidente da República, incorre na subversão da ordem constitucional, aliás na prática, constitui o crime de alteração de Estado de Direito”, refere o comunicado.

O G-5 afirmou que a posição de Mário Vaz põe em causa a sua legitimidade, na justa medida em que, pelo exercício que faz das suas funções, se tornou indigno do poder que lhe foi conferido para defender a constituição, as leis e garantir o normal funcionamento das instituições e assegurar a governabilidade do país e a prossecução do interesse colectivo. O G-5 saudou à comunidade internacional, em especial a CEDEAO e ao P5 pelo papel que têm vindo a desempenharem.

Aconselha-os a se manterem atentos e mais interventivos, para pôr cobro à violência presidencial e evitar a militarização do conflito.

FV/ANG/JD/JAM/SG
INCONFORMADOS COM INCIDÊNCIA DA INCONSTITUCIONALIDADE DO GOVERNO AO STJ
O Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados ameaça avançar com uma incidência da inconstitucionalidade do Governo de Úmaro Sissoko Embaló no Supremo Tribunal da Justiça (STL). 
Sana Canté, coordenador do movimento justificou a medida, por terem sido impedidos de realizar marcha e espancados pela força de segurança.

Canté convidou ao Comissario Nacional da POP, Celso de Carvalho para se renunciar das funções por constatar que colocou em causa os desígnios do povo guineense, por assinado um despacho sobre a marcha de forma inconstitucional.    
Ainda, o activista pede a Comunidade Internacional a celeridade do processo para aplicar sanções contra o Presidente da República, e de mais implicados na violação do “Acordo de Conacri”.
“O Presidente da República fez chamamento a guerra. Afinal é guerra contra o povo guineense. Isto é inaceitável vamos lutar até a reposição da legalidade”.

FV/NB
 MCCI é a vanguarda desta luta

Até então, nunca tinha escutado falar de um movimento cívico guineense que, á cada dia que passa consegue surpreender tanto. A criatividade revolucionária dos jovens do Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados (MCCI), ultrapassa de longe as “cópias” de movimentos criados a posteriori em Bissau.

Com novas formas de reivindicação à MCCI demonstra que está muito à frente em comparação com os movimentos fantoches!

Talvez seja por isso, serem considerados a VANGUARDA deste processo que, queiram ou não, faz deles os mais AMADOS e ADMIRADOS pelos guineenses de boa fé.

Globalmente, conseguiram ser os mais admirados e a persistência nos objetivos (FIM DA CRISE E DEMISSÃO DO PR JOMAV) claros, que defendem e, sempre defenderam de forma intransigente, fez serem os verdadeiros defensores dos DIREITOS DEMOCRÁTICOS na Guiné.

A coragem, a dignidade e a coerência do Sana Canté, Lesmes Monteiro, Sumaila Djaló e todos os membros do MOVIMENTO despertou um novo sentimento e faz acreditar que, a sociedade guineense pode recuperar alguns valores completamente rasgados pelo JOMAVISMO!     

Chegaram ao palácio do todo-poderoso rei Jomav(!?) e fizeram um cordão HUMANO para logo a seguir marcarem mais uma MARCHA, 3 de maio, próximo sábado! SABAT! 

Tem forma mais pacífica, inteligente e audaz de mostrar que se pode chegar (nô na tchiga lá...) a praça dos Heróis Nacionais e em frente ao palácio, sem que isso se torne num ato de VIDA ou MORTE? 

Com o acontecimento de ontem (ao meu ver) esvaziaram todas as mentes captas que queriam fazer disso o locomotiv desta luta. Ou seja, o “assalto ao palácio”. Tirar JOMAV à força, como se quer convencer a opinião pública, nunca foi reivindicação ou propósito dos protestos do MCCI. 

Sempre mostraram acreditar no bom senso do PR JOMAV para que ele mesmo, ponha o seu cargo a disposição, depois de colocar o país a beira do abismo e, mostrar ao MUNDO ser incapaz de conduzir os destinos desta nobre Nação. 

JOMAV RUA, POVO IKA LIXO!!!  
FV/Não Alinhadu 

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Sociedade Civil condena violência das forças de ordem pública

O Presidente do Movimento Nacional da Sociedade Civil para a Paz, Democracia e Desenvolvimento, Jorge Gomes condenou hoje o acto de espancamento dos manifestantes activistas do Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados (MCCI), pelas forças de defesa e segurança durante a marcha pacífica de sábado, 27 de maio.

Em entrevista exclusiva à Agencia de Notícias da Guiné, Jorge Gomes disse lamentar o facto de as forças da defesa e segurança usarem violência e gaz lacrimogénio contra os manifestantes.

“Pelas informações que temos, os manifestantes dispersados foram perseguidos até dentro de casas onde foram espancados brutalmente pelas forças de segurança”, afirmou.

Jorge Gomes acusou as autoridades no poder de tentarem amedrontar a população com actos de espancamento a fim de desencorajar futuras manifestações contra o regime.

Este responsável pediu aos marchantes para estarem sempre em conformidade com todas as formalidades legais para evitar  situações de possíveis infiltrados que tentam criar confusão durante a manifestação.

“Ouvi do presidente do Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados de que haviam infiltrado na manifestação e para evitar tais casos é preciso criar a própria segurança interna para poderem detectar os indivíduos estranhos no seu seio e evitar provocações contra forças policiais”, aconselhou.

O presidente do Movimento da Sociedade Civil disse que a marcha é um direito constitucional que assiste à todos os cidadãos e que não deve ser impedido pelas autoridades.

“Exortamos as autoridades à não proibirem marchas pacíficas, ordeiras e legais caso contrário a imagem do país é que fica manchada contribuindo para o agravamento da actual situação política vigente”, exortou.


 A polícia reprimiu sabado uma marcha contra o regime organizado por um grupo de cidadãos denominado, Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados . Vários manifestantes ficaram feridos.                            

FV/ANG/FGS/SG
REAÇÃO DE ANP SOBRE O BRUTALIDADE DE FORÇA DE ORDEM NA MANIFESTAÇÃO DOS MCCI



Não queremos nem precisamos de ditadura e de ditadores na Guiné-Bissau!
De igual forma, não precisamos de anarquia, e de falsos moralistas que nunca se pronunciaram contra sucessivos regimes ditatoriais na Guiné-Bissau.

O poder na Guiné-Bissau, felizmente, ainda não está na rua, pois se assim fosse, teríamos hoje uma tragédia no país.
Vamos todos discordar das muitas decisões do Presidente da República que serviram de incentivo ou complemento para a crise política e exigir, legalmente, do Presidente da República o respeito pela Constituição e pelas Leis da República, enquanto Chefe do Estado e garante da Constituição. Porém, apesar de todos os erros cometidos pelo Presidente da República, saibamos igualmente, mostrar a nossa sensatez, a nossa coerência, a nossa lucidez, enquanto cidadãos honestos, dignos, lúcidos e comprometidos apenas com o Interesse Nacional, para não cairmos igualmente no ridículo de errar, apontando o Presidente da República como único culpado da crise política e social na Guiné-Bissau.
O PAIGC é o epicentro da actual crise política (mas também, do percurso infeliz do nosso Estado ao longo de quase 44 anos de independência) tenhamos a coragem de reconhecê - lo, de afirmá-lo, positiva e construtivamente, para que também se promovam reformas no PAIGC s bem da estabilidade política e da legalidade democrática na Guiné-Bissau.
O actual Presidente da República foi o candidato do PAIGC às eleições presidenciais de 2014.
A Presidência da Mesa da AssembleiaNacional Popular é fruto da vitória eleitoral do PAIGC com maioria absoluta nas eleições legislativas de 2014.
A expulsão de 15 deputados inscritos no grupo parlamentar do PAIGC que culminou na subtracção dos mandatos obtidos por este partido aquando das eleições legislativas de 2014 face ao Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça que revogou a perda de mandato dos 15 deputados foi um erro gravíssimo do PAIGC.
A intolerância na busca de soluções de reconciliação interna reforçou a caracterização do PAIGC como sendo Instrumento promotor do absolutismo, da ditadura, e da repressão com base no princípio de um passado não muito distante de que o Partido é o Estado.
Não pode ser!

O Estado não é o PAIGC e por isso, não se regula pelos Estatutos do PAIGC.
O Estado é a Guiné-Bissau e somos todos nós, Guineenses, independentemente das nossas opções políticas, religiosas, culturais ou outras!
Todos nós, Guineenses, pessoas singulares, como também, as instituições da República, as entidades colectivas de interesse público ou privado, temos que nos subordinar à Constituição e às Leis da República da Guiné-Bissau.
Nenhum partido político, nenhuma organização sindical, nenhum movimento cívico, independentemente de todas as razões que lhes possa assistir, devem desafiar, de forma anárquica, a autoridade do Estado através das suas diversas expressões reivindicativas, capazes de pôr em causa a autoridade do Estado.
Os partidos políticos, movimentos cívicos, centrais sindicais e outros que no usufruto dos seus direitos legais e constitucionais ignoram os condicionalismos desses mesmos direitos, através dos deveres legais e constitucionais devem reflectir sobre o conceito de Estado de Direito Democrático.
Há um Estado, com as suas regras estabelecidas na Constituição e nas Leis da República que todos devem respeitar e seguir.
Não se deve proibir uma manifestação pacífica, desde que objectiva nos seus pressupostos, e não colida com o estabelecido na Constituição e nas Leis da República. 
A autoridade do Estado não é a autoridade de um indivíduo, ou de grupos de indivíduos. Desafiar a autoridade do Estado falando em nome de um Povo, que não se vê nas manifestações de rua parece-nos abusivo.

Se cada 100 ou 1000 manifestantes reivindicarem as suas exigências em nome de todo um Povo, num país de quase 2 milhões de habitantes, em que é que ficamos?
O PAIGC que foi quase sempre Governo e "Presidente" do país que é a Guiné-Bissau promoveu ao longo de 44 anos a cultura da intolerância que ainda hoje vivemos na Guiné-Bissau.
Todas as práticas repressivas que hoje são denunciadas na Guiné-Bissau provêm do autoritarismo do PAIGC!
Toda a disputa do Poder pelo poder que tem sustentado a instabilidade política na Guiné-Bissau é promovida pelas disputas internas no PAIGC.
A divisão do nosso Povo através da instrumentalização/manipulação, ao longo dos anos é fruto de sucessivas estratégias do PAIGC esse sentido.
Aos nossos jovens, independentemente das suas sensibilidades políticas ou das suas acções reivindicativas, assertivas ou não, importa estudar, analisar e dar a conhecer a nossa visão, em jeito de aconselhamento, não mais do que isso, sobre as suas iniciativas, tendo em conta o Estado de Direito Democrático, que não deve ser apenas lembrado aos políticos e aos governantes.
Qualquer partido político ou coligação de partidos políticos, que esteja a governar, não hesitaria em condicionar os direitos e as liberdades dos cidadãos face igualmente aos deveres dos cidadãos.
O PAIGC ao longo de tantos anos promoveu de tudo, para lá do estabelecido na Constituição e nas Leis da Republica para justificar a autoridade do Estado. É o mesmo PAIGC que uma vez mais e em nome dos seus interesses, recorre aos seus velhos métodos, às suas práticas retrógradas para pôr todo um Povo na desordem.
Chega!
Basta!
Os nossos jovens devem reivindicar mais e melhor Educação; Saúde; Emprego, igualdade de oportunidades de emprego/trabalho.
O actual Presidente da República não vem de nenhuma outra "escola" política que não a do PAIGC...
Se o Povo Guineense continuar a votar no PAIGC, a Guiné-Bissau continuará a afundar-se. O Povo Guineense continuará dividido e desinteressado no desenvolvimento do seu país.
Se continuarmos a perder, enquanto Guineenses, porque o nosso País, a Guiné-Bissau há muito que está a perder, outros povos e outros países, certamente, continuarão a ganhar, à custa da Guiné-Bissau e dos Guineenses.
Não permitiremos isso!
Vamos mudar positivamente a nossa Guiné-Bissau, somos capazes e temos tudo para que assim seja.
Vamos apostar em novos valores, em novas referências políticas.
Positiva e construtivamente.
Didinho 27.05.2017
VÁRIOS MILITARES SÃO DETIDOS EM BISSAU ACUSADOS DE SUPOSTA TENTATIVA DE GOLPE DE ESTADO
Vários militares terão sido detido na noite de quinta feira, 25 de Maio, em Bissau, acusados de alegada tentativa de golpe de Estado. 
A notícia foi avançada a e-GLOBAL por fonte próxima do serviço de Informações de Estado, bem como de outra fonte próxima das forças armadas da Guiné-Bissau.
De acordo com a nossa fonte, no inicio da tarde de sexta- feira, o grupo de alegados golpistas teria sido levado para interrogatórios junto ás instalações da Direção -Geral de serviço de Informações de Estado, depois de terem passado no Estado Maior-General do Exercito.
A detenção dos militares aconteceu precisamente do dia em que terminou o prazo imposto pela Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO) aos políticos da Guiné-Bissau para cumprirem o Acordo de Conacri.
FV/E-GLOBAl 

Confrontos em protesto pela demissão do Presidente José Mário Vaz em Bissau

Polícia usou gás lacrimogéneo em confrontos com os manifestantes. Várias pessoas ficaram feridas. Manifestação começou por não ser autorizada mas acabou por receber “luz verde” das autoridades.
Lagos Demonstrationen gegen den Präsidenten in Bissau (DW/A. Kriesch)
Foto de arquivo: Protesto pela demissão de José Mário Vaz em março de 2017
Uma manifestação do Movimento Jovens Inconformados da Guiné-Bissau resultou em vários feridos, este sábado, depois de a polícia reagir às provocações de manifestantes que insistiam em chegar à Praça dos Heróis Nacionais, onde está situada a Presidência da Republica. Segundo a agência Lusa, os polícias entraram em confronto com os manifestantes, depois de estes terem atirado água, pneus e pedras aos agentes.
Pelo menos 12 manifestantes do Movimento Jovens Inconformados da Guiné-Bissau deram entrada no Hospital Nacional Simão Mendes, em Bissau, com ferimentos, revelou fonte hospitalar. A organização dá conta de 21 pessoas feridas. Do lado da polícia, dois agentes terão ficado feridos.
O protesto do Movimento de Cidadãos Inconformados com a crise política na Guiné-Bissau foi inicialmente proibido, mas acabou por ser autorizado pela polícia. O Movimento pede a demissão do Presidente José Mário Vaz, numa altura em que aumenta a pressão para que o chefe de Estado cumpra o Acordo de Conacri.
Violência e gás lacrimogéneo
Durante a manifestação deste sábado, a polícia tentou impedir a passagem dos jovens para a Praça dos Heróis Nacionais, mas os participantes no protesto continuaram a tentar avançar para a zona da Presidência, o que levou a polícia de intervenção rápida e a Guarda Nacional a disparar gás lacrimogéneo e a usar a força física. No local encontravam-se também presentes muitas crianças.
Guinea-Bissau Jose Mario Vaz (Getty Images/AFP/Seyllou)
Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz
A agência Lusa contatou o comando da policia de Bissau, mas ainda não obteve resposta, tendo apenas a informação de que há, pelo menos, dois agentes de autoridade feridos, para além de 12 manifestantes que foram encaminhados para o Hospital Nacional Simão Mendes, em Bissau.
Os Inconformados exigem a renúncia do Presidente, José Mário Vaz, que acusam de ser o principal responsável pela crise no país. O movimento, constituído essencialmente por associações de jovens e de mulheres, tem promovido manifestações de rua para exigir ao chefe do Estado guineense que abandone o poder.
Protestos vão continuar
O presidente do Movimento de Cidadãos Inconformados com a situação política na Guiné-Bissau, Sana Canté, disse que os protestos vão persistir e pediu à comunidade internacional para não facilitar na resolução da crise: "Vamos persistir. Não podem impedir as nossas manifestações porque o nosso Estado é soberano e ninguém pode impedir a nossa liberdade de expressão".
Para Sana Canté, o "principal responsável pela crise está identificado [referindo-se ao Presidente do país, José Mário Vaz] e a comunidade internacional não pode facilitar". Segundo Sana Canté, os ânimos na manifestação exaltaram-se porque a polícia espancou um grupo de jovens que tentou chegar ao edifício da UDIB, também junto à Presidência guineense.
"Há 21 pessoas feridas e há detidos, que ainda não consigo precisar", disse Sana Canté, sublinhando que foram detidas em casa pessoas que não participaram na manifestação, mas que apoiam o movimento
PAIGC aponta o dedo ao Presidente
O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo (PAIGC) acusou entretanto o Presidente guineense, José Mário Vaz, de ter ordenado o "uso desenfreado de força e repressão" sobre os manifestantes que protestaram em Bissau. 
"Gorada a tentativa de impedir a realização da marcha, esgotados todos os argumentos legais e inconstitucionais para o efeito, José Mário Vaz ordenou ao seu Governo, a mobilização de uma carga mista, policial e militar, e o uso desenfreado da força e da repressão, tendo resultado no ferimento grave de várias dezenas de manifestantes e ainda prisão de outros tantos", afirmou o presidente do partido, Domingos Simões Pereira. 
Domingos Simões Pereira falava aos jornalistas em conferência de imprensa convocada após os confrontos registados  entre a polícia e os manifestantes que participaram no protesto contra o Presidente guineense. 
FV/DW