O Movimento dos Cidadãos Conscientes e
Inconformados volta a pedir o presidente da república, José Mário Vaz, para ter
“piedade” e convocar as eleições presidenciais e legislativa antecipadas como
forma de tirar o país da actual crise em que se e contra há mais de dois anos
A exortação do movimento volta a ser
ouvida, esta quinta-feira (23/02), durante uma marcha pacífica organizada, em
Bissau, que começou no bairro d´Ajuda a centro de cidade, para “fazer firmar a
democracia guineense e para fazer os políticos terem a consciência de que os
poderes devem ser exercidos ao bem do povo”.
Num a entrevista á Rádio Sol Mansi
(RSM), o porta-voz do colectivo, Sumaila Djaló, acusa a classe politica
guineense de sempre “massacrar” e “oprimir” o povo guineense, no entanto, pede
a demissão do presidente José Mário Vaz.
“Hoje mais do que nunca o povo da
Guiné-Bissau está a tomar consciência do massacre e da opressão que sofre da
sua classe política. Por isso estamos todos nós, as forças vivas da sociedade
civil guineense, a exigir que o presidente José Mário Vaz ponha o seu cargo a
disposição para que o país possa andar com os seus próprios pés”, avança.
Depois de várias vezes a marcha ser
proibida pelas autoridades nacionais, o movimento afirma que o povo guineense
não pode continuar a ser marginalizada durante os anos da independência.
“Sabemos que estamos na democracia e
por este valor que estamos aqui a lutar e a nossa luta nunca vai parar. Se for
preciso que nos matem, mas continuaremos a nossa luta porque sabemos que um dia
vamos morrer. Se morrermos pela nossa luta, pelo menos que as nossas marcas
fiquem vincadas na sociedade guineense”, afirma o porta-voz do movimento.
A manifestação teve o apoio da
MIGUILAN, Mindjeris de Guiné nó Lanta (Mulheres de Guiné levantemo-nos, em
português). Entretanto a coordenadora da organização feminina, Delvira Barreto,
acusa o presidente da república de ser “incapaz de responder ao anseio de quem
nele depositou a confiança”.
“ (…) Entendemos que não devemos deixar
os nossos direitos constitucionais serem violados”, alerta.
A marcha teve participação de várias
organizações do país e durante a caminhada os manifestantes distribuíram
panfletos e gritavam palavras como “José Mário Vaz rua”, “o povo já está
farto”, “povo i ka lixo (o povo não é lixo) ” e “queremos um presidente
imparcial”.
A manifestação foi assegurada por
número significante de forças de segurança.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos
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