O Conselho de Paz e Segurança da ONU reúne-se hoje e amanhã à porta fechada, na sede da organização em Nova Iorque, nos Estados Unidos de América, para debater a crise política na Guiné-Bissau. As consultas no Conselho de Segurança realizam-se depois do Representante Especial para a Guiné-Bissau, Modibo Turé, apresentar o seu relatório sobre a situação no país, soube a Rádio Jovem de fonte oficial.
"Para esta segunda-feira está marcada a reunião do Conselho de Paz e na terça a do Conselho de Segurança para debater não só os acordos de Conacri e de Bissau, mas também sobre a declaração de Abuja que é extremamente importante para nós. Espero que tomem medidas que acharem mais convenientes para acabar com a crise", informa o representante residente da União Africana em Bissau, Ovídio Pequeno.
O líder do parlamento, Cipriano Cassamá, primeiro-ministro, Umaro Sissoco, presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, presidente da União para Mudança e outros dirigentes políticos que contestam atual governo estão em Nova Iorque para contactos com os parceiros internacionais do país à margem da reunião do conselho de segurança da ONU.
O mandato da missão das Nações Unidas (ONU) para a ‘Consolidação da Paz’ na Guiné-Bissau` (UNIOGBIS) deverá ser prolongado por mais um ano e focar-se nas próximas eleições, de acordo com um relatório que vai ser discutido pelo Conselho de Segurança da ONU.
«Recomendo que o mandato da UNIOGBIS seja prolongado por mais um ano, até 28 de fevereiro de 2018», refere-se no documento subscrito pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, e que deve ser debatido na próxima terça-feira.
De acordo com o relatório, a missão «deverá concentrar os seus esforços políticos no apoio a um processo atempado para as eleições legislativas e presidenciais de 2018 e 2019», respetivamente.
Deverá ainda «explorar formas de apoiar projetos cruciais de reforma na preparação das eleições, em especial, a revisão constitucional, reforma do setor da segurança, alterações do código eleitoral e da legislação sobre partidos políticos».
O documento também tem um alerta: se até ao final da atual legislatura e mandato presidencial «não houver progressos significativo», o Conselho de Segurança «deve reconsiderar as opções para o futuro papel da UNIOGBIS».
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