terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Divida do Governo poderá pôr Bissau às escuras

07/02/2017 às 9:19
bissauLuzPracaImperio

O diretor-geral da Empresa de Eletricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB) revelou que o Governo guineense contraiu uma divida com Agrekko, empresa escocesa especializada em fornecimento de energia elétrica, estimada em mais de 1 milhão de Dólares.
Em declarações e-Global, René Barros acredita que a divida em causa pode ser resolvida com a entrada em funcionamento da Central Elétrica de Bôr, ainda em obras e da barragem hidroelétrica em Saltinho, com projeto já lançado. Apesar da divida, o executivo paga mensalmente 250 milhões de Francos Cfa (cerca de 380 mil euros) para fornecimento de combustível à Central Elétrica de Bissau, garantiu o mesmo responsável.
Em termos de receitas, René Barros considera que atualmente a EAGB vende “muito mal” os seus produtos, sublinhando que a empresa precisa de equilibrar as suas tarifas. ”Vendemos os nossos produtos muito mal, por exemplo damos energia a nível dez e vendemos a nível sete, o que não é bom para empresa”, disse Barros.
Relativamente à rutura de fornecimento de luz elétrica na semana passada em Bissau, o diretor-geral da EAGB explicou que foi devido à falta de combustível, contudo garante que o incidente já foi ultrapassado. “Quero tranquilizar os nossos clientes que a situação verificada semana passada já foi ultrapassada, pelo que continuamos a fornecer neste momento regularmente energia aos nossos assinantes”, disse.
Segundo o responsável da EAGB o ministro das Finanças João Aladje Fadia terá admitido a possibilidade do Governo deixar de pagar as despesas da Empresa de Eletricidade e Aguas da Guiné-Bissau, relativamente ao fornecimento a energia e contratos com a empresa inglesa Agrekko, em vigor desde 2014.

Para René Barros se o estado não assumir a responsabilidade destes pagamentos o país poderá brevemente fazer face a problemas no fornecimento de luz elétrica em Bissau.

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