sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

UM e PCD satisfeitos com o não agendamento do Programa do governo



Bissau,23 Fev 17 (ANG) – A União para Mudança (UM) e o Partido da Convergência Democrática (PCD), ambos com assento parlamentar, congratularam-se com a decisão da Comissão Permanente de não agendar a discussão e eventual aprovação do  programa do governo de Umaro Sissoco na plenária da ANP.

Ouvidos hoje pela Rádio Difusão Nacional (RDN) em relação a deliberação da Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular (ANP), o líder do PCD Vicente Fernandes disse estar de acordo com a decisão deste órgão e que é uma prova de que a saída para esta crise, “imposta pelo Presidente da República”, passa pelo respeito ao Acordo de Conacri.

 “O cumprimento deste acordo irá permitir a revisão de todas as propostas, porque no momento da sua assinatura todos os  partidos aceitaram”, informou.

Por sua vez, o partido  União para Mudança, segundo o seu deputado João Baticã Ferreira concorda  com a decisão da Comissão Permanente da ANP.

“A UM compreende e aceita plenamente a posição da Comissão Permanente, por trazer a luz os resultados eleitorais, os quais ditam o exercício do poder. Portanto o PAIGC na qualidade de vencedor das eleições com maioria absoluta fez vincar essa maioria, porque não se pode só constituir maioria na plenária, ela também está reflectida nos órgãos da ANP”, sustentou João Baticã Ferreira.

Enquanto isso, o líder do partido da Nova Democracia (PND) sugere a realização de uma mesa redonda de diálogo para negociar uma solução para que a ANP possa retomar o seu normal funcionamento e promover as reformas necessárias.

Iaia Djalo disse que a ANP tem outros assuntos relacionados com a vida nacional para debater, pelo que é preciso a criação de condições para que haja um diálogo interno e franco entre as forças vivas da nação para encontrar uma saída que permita o seu funcionamento.

Djalo acrescenta que, para tal, o Presidente da República da Guiné-Bissau deve promover um encontro de negociação para acabar com esta crise, tendo admitindo a possibilidade da dissolução da ANP e convocação de eleições antecipadas.

A Comissão Permanente da ANP, composta de 15 elementos, deliberou quarta-feira não agendar a discussão do programa de governo alegando que o executivo *é ilegal e inconstitucional*.

O não desta comissão foi expressa por nove deputados do PAIGC contra os seis votos a favor do PRS.


ANG/LPG/ÂC/SG

Conselho de Segurança da ONU prorroga mandato da UNIOGBIS até 2018





UN PHOTO/EVAN SCHNEIDER
O Conselho de Segurança das Nações Unidas prorrogou esta quinta-feira, 23 de fevereiro, o mandato do Escritório Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau – UNIOGBIS – e instou as partes a respeitarem e cumprirem rigorosamente o Acordo de Conacri e o roteiro da CEDEAO.

Em mensagem transmitida pela UNIOGBIS, foi sublinhada também a necessidade de um diálogo inclusivo para consolidar a paz e a estabilidade e exorta as autoridades nacionais a acelerar a revisão da Constituição da Guiné-Bissau.
Para o Conselho de Segurança da ONU, o Acordo de Conacri é o quadro principal para uma resolução pacífica da crise política, uma vez que “oferece oportunidade histórica às autoridades nacionais, aos líderes políticos, bem como à sociedade civil, para assegurar em conjunto a estabilidade política e construir uma paz sustentável”.
No âmbito do novo mandato, que terá início no dia 1 de março de 2017 e irá até 28 de fevereiro de 2018, o Conselho de Segurança manifestou o seu firme apoio ao papel fundamental desempenhado pelo Representante Especial do Secretário-Geral da ONU para a Guiné-Bissau, que terá como prioridades “apoiar um diálogo político inclusivo e um processo de reconciliação nacional” (…); “Apoiar, nomeadamente através da assistência técnica, as autoridades nacionais a agilizar e finalizar a revisão da Constituição da Guiné-Bissau” assim como “Dar aconselhamento e apoio estratégico e técnico às autoridades nacionais (…) na implementação de estratégias de reforma do setor da segurança nacional e do Estado de direito, bem como no desenvolvimento de sistemas de justiça civis e militares, que sejam compatíveis com as normas internacionais”.

Guiné-Bissau:"Sr. Presidente faça favor, saia


Uma manifestação de indignação saiu às ruas de Bissau, esta quinta-feira, para contestar aquilo que diz ser a continuidade do impasse político no país. O Movimento de cidadãos pede para o chefe de Estado deixar o poder e para que sejam marcadas novas eleições gerais.
Cerca de 300 pessoas que percorram de forma pacífica as principais ruas da capital para exigir a demissão do chefe do Estado, José Mário Vaz, apontado como o responsável pela crise política no país.
O Movimento de Cidadãos Conscientes, que incluiu na maioria jovens guineenses, pede ainda a convocação de novas eleições. Nelvina Barreto, dirigente da organização feminina Miguilan, afirma que a marcha pretendeu mostrar a indignação da população com o impasse político que se vive no país há mais de dois anos.
"Com esta marcha nós pretendemos demonstrar às autoridades da Guiné-Bissau, particularmente, à sua Excelência o Presidente da República a nossa indignação. A nossa frustração pelo facto de termos votado há dois anos e meio e até hoje não conseguirmos ver realizados os nossos anseios. Os anseios de uma Guiné com paz, com estabilidade, com progresso e desenvolvimento ", referiu Nelvina Barreto.
A activista acusa o chefe de Estado de não ser capaz de resolver o impasse político que se vive no país e aconselha José Mário Vaz a deixar o poder. " Basta sua Excelência: Sr. Presidente da República faça favor, saia e convoque-nos eleições gerais antecipadas", concluiu.
Ontem, após quatro horas de debate, a comissão permanente do Parlamento guineense, dominada pelo PAIGC, chumbou a proposta do agendamento de análise em sessão plenária do programa do Governo. Esta situação obriga oficialmente à dissolução do governo liderado por Umaro Sissoko.
O chefe de Estado convocou para dia 2 de Março o Conselho de Estado, cujas decisões são não vinculativas, para analisar a crise política do país.

JOSÉ MÁRIO VAZ EM BUSCA DE SOLUÇÃO PARA A CRISE APÓS CHUMBO DO PROGRAMA DO GOVERNO DE SISSOCO


A crise politica continua na agenda dos líderes políticos da Guiné-Bissau.
Tudo porque, o chefe de Estado guineense convoca para o dia dois de março, a reunião do Conselho de Estado, órgão da sua consulta, para apreciar os recentes contornos políticos na sequência do chumbo do programa do Governo de Umaro Sissoco Embaló, pela 
Comissão Permanente do Parlamento.
Conforme as fontes de Notabanca, “José Mário Vaz agendou a reunião para as 16 horas de Bissau, no Palácio da República”.
A fonte avança ainda que “os partidos políticos com e sem assento parlamentar constam na agenda dos encontros programado pelo Presidente Vaz”. Ainda adianta que “ Presidente da República pretende deslocar-se ao Leste do país, em presidência aberta na segunda semana de fevereiro, para explicar a população sobre a “real situação da crise e apontar estratégias para o resto da Legislatura”.
Com isto, “o cenário pode mudar a qualquer momento, através de uma intervenção pontual da comunidade internacional”, remata a fonte de Notabanca.
Que Deus abençoe a Guiné-Bissau e ao seu povo!  
Notabanca; 23.02.2017 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

PR Guiné Bissau convoca Conselho de Estado para analisar a crise politica


O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, convocou a reunião do Conselho de Estado para o dia 02 de Março para analisar atual situação política vigente no país, informa à Rádio Jovem um membro do órgão consultivo do chefe de Estado guineense sob anonimato.
A reunião do conselho de Estado está agendada para as 16 horas de Bissau.
O conselho de Estado é órgão de consulta do chefe do Estado.

FUNCIONÁRIOS DA ANCA AMEAÇAM CONDICIONAR CAMPANHA DE COMERCIALIZAÇÃO DE CASTANHA DE CAJÚ DESTE ANO

Falta de pagamento de salário de quatro meses aos funcionários da Agência Nacional de Caju da Guiné-Bissau (ANCA) poderá condicionar a campanha de comercialização e exportação da castanha do presente ano
Na conferência de imprensa, quarta-feira (22/02), o porta-voz dos funcionários, Ednilson André Gomes, afirma que até agora os funcionários não receberam nenhuma explicação por parte do ministério das finanças e por isso estudam estratégia para fazer valer os seus direitos.
Segundo ele a situação laboral dos funcionários da empresa não é do bom facto que levou a paralisação de cinco dias, na semana passada e agora os funcionários estudam estratégia para uma nova paralisação.
“O perigo da paralisação no sector e consequentemente na economia nacional, organizaremos uma outra batalha”, reconhece.
O Porta-Voz dos funcionários diz ainda que até o momento os armazéns não foram inspeccionados e nem foi feita a análise de qualidade das castanhas já destinadas a exportação.
“Os funcionários consideram absolutamente intolerável a falta de comunicação por parte do governo e não têm obrigação de trabalhar. Desde a criação da empresa não foram inovadas e verificadas o sector desde a inspecção dos armazéns (que deveria acontecer neste momento), o estudo do mercado e a análise de qualidade das castanhas destinadas a exportação”, acusa.
A Agência Nacional do Caju (ANCA) é uma entidade de regulação criada pelo governo em 2012, com o mandato de conceber toda a política de produção, comercialização, exportação e transformação da castanha de caju.
É uma estrutura que está sob a dependência do Gabinete do Primeiro-ministro.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Bibia Mariza Pereira

MANIFESTANTES PEDEM ELEIÇÕES ANTECIPADAS NA GUINÉ-BISSAU



O Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados volta a pedir o presidente da república, José Mário Vaz, para ter “piedade” e convocar as eleições presidenciais e legislativa antecipadas como forma de tirar o país da actual crise em que se e contra há mais de dois anos
A exortação do movimento volta a ser ouvida, esta quinta-feira (23/02), durante uma marcha pacífica organizada, em Bissau, que começou no bairro d´Ajuda a centro de cidade, para “fazer firmar a democracia guineense e para fazer os políticos terem a consciência de que os poderes devem ser exercidos ao bem do povo”.
Num a entrevista á Rádio Sol Mansi (RSM), o porta-voz do colectivo, Sumaila Djaló, acusa a classe politica guineense de sempre “massacrar” e “oprimir” o povo guineense, no entanto, pede a demissão do presidente José Mário Vaz.
“Hoje mais do que nunca o povo da Guiné-Bissau está a tomar consciência do massacre e da opressão que sofre da sua classe política. Por isso estamos todos nós, as forças vivas da sociedade civil guineense, a exigir que o presidente José Mário Vaz ponha o seu cargo a disposição para que o país possa andar com os seus próprios pés”, avança.
Depois de várias vezes a marcha ser proibida pelas autoridades nacionais, o movimento afirma que o povo guineense não pode continuar a ser marginalizada durante os anos da independência.
“Sabemos que estamos na democracia e por este valor que estamos aqui a lutar e a nossa luta nunca vai parar. Se for preciso que nos matem, mas continuaremos a nossa luta porque sabemos que um dia vamos morrer. Se morrermos pela nossa luta, pelo menos que as nossas marcas fiquem vincadas na sociedade guineense”, afirma o porta-voz do movimento.
A manifestação teve o apoio da MIGUILAN, Mindjeris de Guiné nó Lanta (Mulheres de Guiné levantemo-nos, em português). Entretanto a coordenadora da organização feminina, Delvira Barreto, acusa o presidente da república de ser “incapaz de responder ao anseio de quem nele depositou a confiança”.
“ (…) Entendemos que não devemos deixar os nossos direitos constitucionais serem violados”, alerta.
A marcha teve participação de várias organizações do país e durante a caminhada os manifestantes distribuíram panfletos e gritavam palavras como “José Mário Vaz rua”, “o povo já está farto”, “povo i ka lixo (o povo não é lixo) ” e “queremos um presidente imparcial”.
A manifestação foi assegurada por número significante de forças de segurança.

Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos

Presidente da República inicia presidência aberta na zona leste da Guiné-Bissau


O Presidente da República, José Mário Vaz, escolheu a região de Gabú, leste do país, para iniciar, a 10 de Março, a sua primeira Presidência Aberta, informa à Rádio Jovem uma fonte governamental que não deu mais detalhes.
Sabe-se que a crise política vigente no país estará no centro das intervenções do chefe de Estado guineense no contacto directo com as populações do Interior da Guiné-Bissau.
José Mário Vaz quer ouvir preocupações da população sobre a realidade política, social e económica, explicar, na primeira pessoa, o que realmente se passa e a sua estratégia para acabar com a crise.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Comissão Permanente chumba agendamento do Programa do Governo

 

Bissau,22 Fev 17(ANG) - A Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular (ANP), não aprovou o agendamento do programa do governo liderado por Umaro Sissoco Embalo, revelou na sua página de facebook  o conselheiro para a imprensa do presidente da ANP.
 
Segundo Antônio Óscar Barbosa, o agendamento solicitado pelo governo foi reprovado com nove votos do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) contra seis votos a favor do Partido da Renovação Social(PRS).

Em consequência, segundo a mesma fonte, a comissão deliberou não convocar a sessão plenária ordinária na qual poderia ser discutido e eventualmente aprovado o programa de governo.

Após as reuniões da Mesa e da Conferência de Líderes, a Comissão Permanente da ANP com a presença de todos os seus membros, reuniu-se hoje tendo analisado  a possibilidade de agendamento ou não do Programa do Governo para a II Sessão Ordinária do Ano 2016/17.

O  Primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embaló entregou ao parlamento, o seu programa de governação no dia 06 de janeiro deste ano, com o propósito de ser debatido e aprovado pelos representantes do povo.
ANG/ÂC/SG

A Comissão Permanente da ANP acaba de chumbar o agendamento da discussão do Programa do 'governo' de Él Moctar Cissoko. Acabou. Finish! Finito!

A Comissão Permanente da ANP votou com 9 votos contra do PAIGC contra 6 votos a favor do PRS, pelo que não haverá agendamento do Programa do 'governo' e, tendo em consideração que o agendamento de outras matérias carecem da presença de um Governo legítimo, deliberou não convocar a sessão plenária ordinária.


DERROTADOS: O que era doce acabou-se... Bebe General Rua. 

COMISSÃO PERMANENTE DA ANP E A SUA ORDEM DO DIA EM ANÁLISE DE CRUCIAL IMPORTÂNCIA



Photo de António Oscar Barbosa.Photo de António Oscar Barbosa.
Após as reuniões da Mesa e da Conferência de Líderes, a Comissão Permanente da ANP com a presença de todos os seus membros, deu início aos seus trabalhos para analisar a possibilidade de agendamento ou não do Programa do Governo para a II Sessão Ordinária do Ano 2016/17.
O país e a comunidade internacional estão com a atenção concentrada nos resultados que irão sair desta Comissão Permanente, órgão regimentalmente responsável pela atribuição de uma agenda de trabalho ao Plenário da ANP.
Agenda esta que dependerá a convocatória ou não dá sessão ordinária do Plenário do Parlamento e a consequente apresentação, discussão e votação do Programa do actual governo.
Como se pode depreender, uma enorme responsabilidade pende sobre os membros da Comissão Permanente porque está neste momento em causa a legitimação parlamentar ou não do actual governo chefiado por Umaro Sissoko Embaló.



Oscar Barbosa

Carnaval não vai ter desfile nacional



Bissau, 22 Fev 17 (ANG) – O Diretor-geral da Cultura anunciou segunda-feira que o carnaval deste ano não vai ter o habitual desfile nacional, devido a insuficiência de meios financeiros para o efeito.

Citado pelo Rádio Bombolom-FM, João Cornélio Gomes Correia  informou ainda que a instituição que dirige precisa de 217 milhões de francos CFA, para realizações de todas as actividades carnavalescas, desde os desfiles regionais e nacional entre outras, mas que  recebeu do governo apenas 30 milhões de francos CFA.

“Os 30 milhões de francos CFA que o executivo nos deu não são suficientes para a realização de todas as actividades programadas e nem tão pouco para o concurso nacional, em que a Direcção Geral da Cultura enquanto entidade organizadora é responsável para a garantia de transporte e alojamento dos 9 grupos concorrentes que vão participar  no referido desfile e que cada qual é composto por 100 ou 150 elementos”, explicou João Cornélio Correia.

O Diretor-geral da Cultura acrescentou  que, dos 30 milhões que recebeu do executivo, 18 milhões vão para os desfiles regionais, onde cada uma usufruirá de dois milhões de francos CFA,  e que dois milhões de francos vão ser utilizados na organização do  carnaval infantil.

Segundo Cornélio Correia, no desfile do sector autónomo de Bissau, na categoria de grupo, o primeiro lugar receberá quatro milhões, o segundo dois e terceiro lugar, um milhão de francos CFA.

Ao passo que na categoria das rainhas, a vencedora levará um milhão, o segundo 500 mil e terceiro 250 mil francos CFA.

Na categoria de máscaras, o primeiro classificado deve receber 500 mil, o segundo 300 e o terceiro 200 mil francos CFA.

João Cornélio Gomes Correia disse que este ano a Direcção Geral da Cultura não beneficiou do patrocínio habitual de uma das duas empresas de telecomunicações que operam no país, nomeadamente a MTN e Orange Bissau, e como motivo aponta o facto de as duas terem dado apoio financeiro a participação da selecção nacional no CAN2017.
ANG/LPG/ÂC/SG

Crises estruturais impossibilitam reesponsabilizações


No caso da Guiné-Bissau, o relatório indica que não houve melhorias nas condições das prisões, que entre outros problemas enfrentam sobrelotações. O sistema de justiça não deu seguimento aos casos que têm em mãos e é considerado incompetente e corrupto. Também os assassinatos políticos ocorridos entre 2009 e 2012 continuam por esclarecer.
O director executivo da AI lembra que as crises estruturais de governação impedem qualquer ação: "A situação na Guiné-Bissau é muito difícil, é difícil responsabilizar a quem de direito se o sistema judicial não funcionar convenientemente. A situação na Guiné-Bissau não é nova, os acontecimentos que testemunhamos e as tensões políticas que existem entre o Governo e o Parlamento não são novas."
Antes de mais, Pedro Neto considera "que é necessário que haja um trabalho de verdade e reconciliação e um trabalho de responsabilização destes intervenientes para que cada um se responsabilize por aquilo que fez e possa começar a trilhar um caminho para uma nova Guiné-Bissau mais transparente, mais responsabilizada perante os seus cidadãos."

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

A droga novamente em questão na Guiné-Bissau

Várias instâncias nacionais e internacionais têm vindo a público denunciar o recrudescer do narcotráfico na Guiné-Bissau, tendo sido agora a vez do director da Interpol avisar sobre os perigos que pairam sobre o país, designadamente sobre as ilhas dos Bijagós.

De acordo com Martinho Camará, director da agência da Interpol na Guiné-Bissau, há sérios riscos de uma das ilhas dos Bijagós passar a ser controlada pelos narcotraficantes para a instalação de bases de retaguarda para acções criminosas, aproveitando-se da vulnerabilidade do país em termos de meios de controlo.

O director da agência da Interpol na Guiné-Bissau disse ainda que de há uns tempos a esta parte tem sido visível sobretudo em Bissau a presença de viaturas de alta cilindrada de origem duvidosa, sendo que algumas dessas viaturas foram roubadas noutros países. Daí que na óptica de Martinho Camará é necessário o reforço da cooperação entre as várias forças policiais nacionais e estrangeiras para enfrentar o tráfico de droga e a criminalidade organizada na Guiné-Bissau, um problema recorrentemente denunciado há vários anos em relatórios de diversas entidades, designadamente da ONU.
Mais explicações com Mussa Baldé

HOUVE OU NÃO HOUVE CONSENSO EM CONACRI?


HOUVE CONSENSO EM VOLTA DO NOME DO AUGUSTO OLIVAIS. Não é difícil chegar a esta conclusão.
PR apresentou 3 nomes elegíveis ao cargo do PM, todos eles pessoas da sua confiança (disse o próprio PR).
1. PRS + 15 + PND disseram sim aos 3 nomes.
2. A sociedade civil propõe apenas alternativas caso nenhum dos nomes apresentados for acolhido pelos partidos, quer dizer, para a sociedade civil, é indiferente a escolha de uma ou outra pessoa desde que os políticos se entendem.
3. PAIGC, UM, PCD, ANP: No princípio recusaram os nomes e apresentaram outras propostas ou outros nomes. No evoluir das negociações acabaram por aceitar um dos nomes apresentados pelo PR (Augusto Olivais).
Agora fazemos as contas:
Umaro Sissoco teve votos de PR + PRS + 15 + PND + SC
Aladje Fadia teve votos do PR + PRS + 15 + PND + SC
Augusto Olivais teve votos de PR + PRS + 15 + PND + SC + PAIGC, UM, PCD, ANP
Onde esta a duvida?
O PR deve ou não deve fazer auscultações?
É um imperativo constitucional que deve ser observada. Como disse num comentário: "Não estamos perante golpe de Estado; não estamos perante a suspensão parcial ou total da nossa lei magna, o parlamento não está dissolvido, estamos tentando salvar uma legislatura colocada a caos pelos aventureiros políticos, não estamos no estado de sítio e nem de emergência, porque não respeitar a lei?"
Conclusão:
PR não esperava que o PAIGC iria aceitar o nome de Olivais (que ele colocou apenas para camuflar a opinião pública), sendo assim o tiro saiu-lhe pela culatra e agora instruiu a sua corja para nao aceitar o nome de Olivais proposto pelo mediador.
Resultado de tudo isso será (infelizmente) A CONTINUAÇÃO DA CRISE e a perpetração de corupcao nunca antes vista na historia desta terra.
Enquanto djintis continua dudu pa ka rema, Jomav na continua miti djintis dedu na udju...
Dianti ki caminho
Lesme Monteiro 2016

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Crise política: PAIGC pede demissão de Umaro Sissoco imediatamente


O PAIGC exige a imediata demissão do atual Governo liderado por Umaro Sissoco e a nomeação "sem demoras" de Augusto Olivais, que diz ser nome consensual retido dentre as propostas levadas à capital da República vizinha da Guiné-Conacri pelo Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz.
Leia na íntegra o c
omunicado do PAIGC:


Acordo de Conacri: afinal era Augusto Olivais


O presidente da Comissão da CEDEAO, Marcel de Souza afirmou, na cidade de Praia, em Cabo Verde, que Augusto Olivais foi encolhido em Conacri como nome de consenso para o cargo de Primeiro-ministro da Guiné-Bissau e pede o cumprimentohttps://web.facebook.com/braima.darame.9/videos/1481356265240190/ do Acordo

Líder do PAIGC acusa Presidente guineense de facilitar narcotráfico


Em entrevista exclusiva à DW, Simões Pereira diz que "não é completamente inocente" a nova postura do Presidente da Guiné-Bissau de pretender controlar as pescas. E acusa o Governo de fechar os olhos à entrada de droga.
O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) acusou, na Cidade da Praia, o Presidente José Mário Vaz de estar ligado ao negócio do narcotráfico na Guiné-Bissau. "Não sou eu que estou a dizer, há organizações da sociedade civil que apresentaram elementos sobre isso", disse à DW África Domingos Simões Pereira.
E essas organizações "têm relatórios objectivos a demonstrar na Guiné-Bissau quem é quem e quem é que está ligado a essas práticas menos corretas", argumenta o antigo primeiro-ministro, que esteve na capital cabo-verdiana no último fim de semana para o XV Congresso do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV).
"Eu penso que não é completamente inocente esta nova postura do Presidente da República em pretender controlar as pescas", afirmou ainda o presidente do PAIGC, partido vencedor das últimas eleições na Guiné-Bissau, mas arredado do poder.

"É através das pescas e através das unidades marítimas que tentamos fazer o controlo das águas territoriais guineenses em relação ao arquipélago dos Bijagós. Quando um só homem tenta chamar a si toda esta responsabilidade, ele não está a pretender que o povo compreenda o que acontece, ele está a esconder algo do povo", acrescentou.
Em declarações à DW África, Domingos Simões Pereira também acusou o Governo de Umaro Sissoko Embaló de estar a facilitar a entrada de droga no país. "Se telefonar, alguém em Bissau vai dizer-lhe que na placa do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira está estacionado um avião que é utilizado pelo Governo da Guiné-Bissau de forma indiscriminada que não passa pelos circuitos normais de controlo, que ninguém escrutina o que leva e o que recebe", afirma.
Acordo de Conacri por cumprir
Na semana passada, o presidente da Comissão da Comunidade Econômica dos Estados de África Ocidental (CEDEAO), Marcel de Souza, pediu os dirigentes políticos da Guiné-Bissau que respeitem o Acordo de Conacri para estabilizar o país e reacendeu a questão sobre os três nomes então falados e no consenso à volta de Augusto Olivais.
"Obtivemos em Conacri uma lista de três nomes para a chefia do Governo e o consenso que conseguimos foi por Augusto Olivais, mas foi Umaro Sissoko que foi nomeado", lembrou Marcel de Souza.
Domingos Simões Pereira diz que este reconhecimento público peca pela demora: "O único lamento que tenho é que tenha levado tanto tempo para o presidente da Comissão da CEDEAO tornar público aquilo que todos nós sabíamos desde outubro de 2016".
O presidente do PAIGC afirma ainda que o Governo de Umaro Sissoko Embaló está em situação de ilegalidade, por não ter conseguido a discussão e aprovação no Parlamento do seu programa e do Orçamento Geral do Estado. "Ouvi há dia o Presidente a dizer que ele não pode sancionar o Governo, porque é a Assembleia Nacional Popular que não convoca a sessão para se poder aprovar o programa. É mais uma tentativa de forçar a barra jogando contra tudo e todos e um pontapé na nossa Constituição", critica.
Ilhas em troca de cooperação
Segundo Domingos Simões Pereira, José Mário Vaz também quis oferecer ilhas da Guiné-Bissau ao Rei de Marrocos e ao ex-chefe de Estado português Aníbal Cavaco Silva.
"Isto não aconteceu só com o Rei de Marrocos. Quando se começou a falar de uma provável visita do então Presidente de Portugal, Cavaco Silva, foi o primeiro momento em que me abordou, dizendo que se nós oferecêssemos uma ilha ao Presidente Cavaco Silva nós ganhávamos um nível de proximidade e de cooperação", conta.
crise política na Guiné-Bissau começou em agosto de 2015 quando o Presidente José Mário Vaz demitiu o primeiro-ministro eleito Domingos Simões Pereira. Desde então já houve mais quatro governos, mas nenhum conseguiu a aprovação do Parlamento.


“MANIFESTAÇÃO POPULAR PARA O DIA 23 DE FEVEREIRO PORQUE JOMAV DIRIGE A ORQUESTRA MAL QUER SER O DOMO DA GUINÉ-BISSAU COMANDA TUDO E TODOS”


Os dirigentes do Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados agenda para o dia 23 de fevereiro em Bissau, uma marcha popular para afirmação da democracia e protestar contra aquilo que considera de má governação do país, pelo Presidente Mário Vaz e os seus colaboradores.
Anunciou hoje a imprensa, Sumaila Djalo, um dos membros do movimento. Acrescentando que o país vive num regime ditatorial, associado com ações ilícitas e tráficos de droga.
“Presidente da Republica dirige a orquestra mal. Quer ser o domo da Guiné-Bissau e comandar tudo e todos”, alerta Sulaima.
Os activistas do movimento garantem não baixar braços até que a “tirania” seja banida na democracia e na sociedade guineense.
Entretanto, “Toni Goia” do Movimento dos Cidadãos do Mundo anunciou que a sua organização lançou ao público, uma petição para pedir a inconstitucionalidade de pensão vitalícia dos titulares dos órgãos de cargos políticos.
“O país está em crise. As medidas que foram adotadas aos funcionários da RDN podem ser aplicadas igualmente, aos titulares dos órgãos de cargos políticos”, observou Toni Goia.
Recordamos que a bem pouco tempo, os dirigentes do movimento responsabilizam a CEDEAO e o José Mário Vaz, pelo não cumprimento do acordo de Conakry e pelas futuras consequências que possam advir.
Notabanca; 17.02.2017

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Presidente de ANP apela comunidade internacional para pressionar o chefe de Estado José Mário Vaz



Bissau, 17 Fev 17 (ANG) - O presidente de Assembleia Nacional Popular (ANP) pediu   à Comunidade Internacional para pressionar o chefe de Estado guineense a implementar  Acordo de Conakry de modo a sanear a crise política vigente no país.
 
Segundo uma nota de imprensa do gabinete do presidente da ANP, o apelo de Cipriano Cassamá foi feito no encontro que manteve quinta-feira em Nova Yorque com o embaixador do Brasil junto à ONU e Presidente da Comissão de Consolidação a Paz- configuração Guiné-Bissau, Mauro Vieira. 

 No encontro, segundo a nota, Cipriano Cassamá pediu igualmente aplicações de sanções aos atores que bloqueiam o cumprimento do Acordo de Conakry. 

O líder do parlamento guineense denunciou atropelos aos direitos humanos e liberdades fundamentais que têm ocorrido no país, solicitando  uma ação mais enérgica da comunidade internacional.

Por sua vez, segundo a nota de imprensa, o embaixador Mauro Vieira prometeu que a comunidade internacional jamais irá abandonar o povo guineense, enfatizando que há uma união entre eles no sentido de forjar uma solução política da crise baseada na implementação do Acordo de Conakry. 

“A Comunidade Internacional está interessada naquilo que irá acontecer na Assembleia Nacional Popular com o Programa do Governo, se irá ser aprovado ou não”, disse Vieira .ANP/AALS/SG

INTERPOL alerta que narcotraficantes podem apoderar-se de ilha no arquipélago de Bijagós



cocainaBissau



O Director do Gabinete Central Nacional da Interpol, Martinho Camará, alertou que os narcotraficantes podem apoderar-se de uma das ilhas de arquipélagos da região de Bolama/Bijagós, no sul da Guiné-Bissau. “Estamos face a um risco iminente de narcotraficantes aproveitarem-se de uma das ilhas de Bijagós para fazerem um laboratório de drogas, quando é assim, é um perigo para o país assim como para o mundo”, disse.
Em exclusivo para a e-Global, Martinho Camará disse ainda que agora a Guiné-Bissau não é considerada como um país de trânsito, produtor ou consumidor de droga, mas sublinha que o tempo o país poderá vir a ser considerado como consumidor de drogas, com especial destaque para o Crack.
Para fazer face a esta realidade, Camará lembrou que a Guiné-Bissau detêm muitas ilhas e que devido às limitações das autoridades, tornou-se complexo controlar as localidades na região de Bolama/Bijagós.
Por outro lado, o Director do Gabinete Central Nacional da Interpol refere que a sua organização tem suspeitado que muitas viaturas de alta gama que circular no país, sejam de origem duvidosa. “Temos a suspeitas sobre estas viaturas de alta gama que circulam na Guiné-Bissau, que podemos dizer que são de origem de muitas duvidosas” sobre as quais a Interpol tem uma atenção particular, disse Camará.
Para travar a situação já identificada, Martinho Camará solicitou uma operação conjunta entre a Interpol, Comando Geral da Guarda Nacional, e adiantou que operações da mesma natureza resultou na apreensão de várias viaturas roubadas em países da sub-região, nomeadamente Senegal, Mali e Costa de Marfim, as quais foram devolvidas aos seus proprietários.
Sobre o Workshop que abordou a questão da rota de cocaína, que teve lugar de 14 a 16 de fevereiro em Bissau, Camará apelou aos participantes no encontro de porem em prática os conhecimentos adquiridos no encontro de três dias, que juntou na capital guineense participantes de Cabo Verde, Senegal, Nigéria, Gana, Peru, Bolívia e Colômbia.
Como balanço, o responsável da Interpol na Guiné-Bissau, considerou positivo o encontro, citando como exemplo a experiência apresentada pelos formadores que explicaram os processos desde a fase de plantação dos diferentes tipos de drogas, a sua colheita e comercialização a partir do país de origem até ao país de destino, assim como os trânsitos no país de consumo final.

BOTCHE CANDÉ ENVOLVIDO NO INCENTIVO DE FUGA AO VISCO E CONTRAÍDO DEVIDA DE MAIS DE DEZ MILHÕES DE FRANCOS CFA NAS ALFANDEGAS-Diz membro do sindicato aduaneiros


O presidente do sindicato dos Funcionários Aduaneiros acusa o ministro do Estado e do Interior de contrair uma dívida mais de dez milhões de francos cfa para com a direção das Alfandegas da Guiné-Bissau, e de não querer honrar o seu compromisso com essa instituição aduaneira. 
Como se não bastasse, Augusto Sanhá afirma que Boche Cande está a imiscuir-se nos assunto que não são da sua competência, envolvendo-se no rolo de fuga ao fisco, facilitando vários familiares e empresários a não despacharem as suas mercadorias colocando o erário publico em causa.

Segundo o sindicalista Sanhá, o governante, Candé não é mais serio que os funcionários das alfandegas. Porque deu instrução de isentar um camião carregado de artigos. Os agentes recusaram a cumprir com a ordem e foram afastados dos serviços das alfândegas, pelo Botche Candé.

O sindicalista garante caso persistir o cenário, vão mesmo decretarbrevemente uma greve paralisar todas as atividades das Alfândegas a nível nacional. Por isso, exige a reintegração dos seus companheiros ao serviço, nomeadamente, Fernando Cá, Alberto Oliveira e Ussumane Cissé. 
Recordamos que, o ministro de Estado e do Interior, Botche Candé já teria afirmado que, o Estado guineense perde sete bilhões de francos CFA por mês, desvio feito por alguns agentes dos serviços aduaneiros e de Guarda Nacional (GN), junto a linha de fronteira com Senegal e Guiné-Conakry.
Notabanca; 17.02.201