Na Gâmbia o presidente cessante Yahya Jammeh mandou encerrar várias rádios privadas, a poucos dias da passagem de testemunho para o novo chefe de Estado, Adama Barrow, que ganhou as útimas presidenciais. Mas Jammeh recusa aceitar o resultado e as recomendações da CEDEAOsentou na justiça.
O presidente cessante da Gâmbia, Yahya Jammeh, quer mesmo manter-se no poder, à revelia das recomendações da CEDEAO, depois de perder as presidenciais, para Adama Barrow, ou está a negociar uma retirada que lhe garanta uma reforma longe dos tribunais pelos crimes cometidos?
Para já, Jammeh, continua a adoptar medidas de força contra regras de um estado de direito democrático, como mandar encerrar rádios privadas, ameaçando jornalistas, opositores e mesmo a CEDEAO.
No útimo fim-de-semana, silenciou três rádios privadas que emitiam perto da capital, Banjul, uma medida interpretrada pelos homens do presidente eleito, Adama Barrow, como censura para impedir um discurso diferente daquele do ainda poder de Yahya Jammeh.
Nas rádios Teranga FM, Hilltop Radio e Afri Radio, responsáveis e jornalistas dizem ignorar a razão que levaram as autoridades gambianas a amordaçar a liberdade de imprensa e de expressão.
"Três pessoas identificadas como agentes dos serviços de informações vieram aqui à rádio neste domingo, 1 de janeiro e ordenaram-me a suspender as emissões", declarou o director da rádio Hilltop, Basiru Darboe.
A nível político, o presidente da comissão eleitoral de Gâmbia, Alieu Momar Njai, fugiu do país porque recebeu ameaças de morte após ter proclamado a vitória do opositor Adama Barrow nas eleições presidenciais de 1 de dezembro de 2016.
É, pois, neste clima de tensão, perseguições e ameaças, que a Gâmbia se encontra neste momento. Para analisar esta situação a entrevista do politólogo português, Raúl Braga Pires, especialista de África.
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