O Conselho de Segurança
da ONU está a estudar a aplicação de sanções a políticos da Guiné-Bissau pela
não implementação do Acordo de Conacri, soube a e-Global junto de fontes diplomáticas.
A medida está a ser estudada no
seguimento da Cimeira da CEDEAO em Abudja, Nigéria, na qual esta organização
reconheceu que a crise política em Bissau não foi resolvida com a nomeação
de Umaro Sissoko para o cargo de Primeiro Ministro a meio de Dezembro último.
Logo após a nomeação de Sissoko para
o lugar de Primeiro Ministro, o PAIGC veio a público referiu que não aceitava
esta escolha, uma vez que nas reuniões mantidas em Conacri o nome de consenso
aceite por todos os participantes foi o de Augusto Olivais, ex-Secretário Geral
do partido.
Alpha Condé, Presidente da
Guiné-Conacri e mediador internacional da crise guineense, deverá apresentar em
breve o relatório final da Cimeira de Abudja aos membros do Conselho de
Segurança. Se o documento referir o nome de Augusto Olivais como a escolha
consensual em Conacri, o Conselho de Segurança irá estudar a possibilidade de
aplicação de sanções políticas contra grupos ou indivíduos, entre os quais o
próprio Presidente José Mário Vaz, que impeçam a resolução do impasse político
guineense pela aplicação do referido acordo.
O comunicado final da Cimeira de
Abudja deixa em aberto a possibilidade de que a escolha de Sissoko não
tenha sido consensual entre os actores políticos em confronto, nomeadamente o
PAIGC e o grupo dissidente dos 15 e o partido da oposição PRS. A escolha de um
Primeiro Ministro de consenso era uma das condições do Acordo de Conacri, a par
da nomeação de um Governo que respeitasse as forças políticas no Parlamento e a
reintegração no PAIGC do grupo de dissidentes.
O actual Governo de Umaro Sissoko é
composto por elementos oriundos do PRS, segundo partido mais votado nas últimas
legislativas, por elementos do grupo dissidente do PAIGC, e por elementos de
outras formações políticas.
© e-Global Notícias em Português
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