terça-feira, 1 de agosto de 2017

“ALABARKA KUMUS DINDIM BANKO”-AGRADECE DSP 
"Há duas semanas, respondi a um convite dos Jovens de Mansabá para encerrar a I Conferência Sectorial. Aproveitei para visitar o Sector e as respectivas Secções. A recepção foi bem documentada por muitos dos presentes e não deixou dúvidas do sentimento de pertença e de identidade comum. 
Agora foi a vez de Farim numa recepção extraordinária dos meus conterrâneos. O propósito anunciado era o de celebrar a minha entrada para a Academia Internacional da Cultura Portuguesa, mas se transformou em múltiplas cerimónias de reconhecimento por tudo o que dizem apreciar e se orgulhar no meu percurso pessoal e profissional. 
A digressão começou no sábado em em K3, com uma presença surpreendente apesar do mau tempo, com velhos, mulheres e muitos jovens, estes trajados a rigor e empunhando cartazes e placards com notas de apreço e reconhecimento. De K3 seguimos em marcha – que demonstração de força e determinação – até ao porto. Como é que iriamos transportar todo este mundo para o outro lado e ter a multidão que se quer à chegada a Farim? Essa pergunta ficou esquecida ao sermos recebidos em Farim por uma enchente impressionante. 
E, desde esse momento e em todos os muitos encontros, foi sempre um banho de multidão incrível : Primeira paragem na sede Regional do partido ; Cortejo até a residência; comício em Nema ; visita ao Hospital regional ; visitas a Sintchã, Salquenhe, Binta e Canico. A inauguração de uma avenida que os populares dedicaram à memoria do meu irmão Bartolomeu e a Gala em Farim foram momentos a guardar para a vida.
Não ha palavras para descrever o entusiasmo dos populares que nos acolheram em cada uma das paragens, manifestações expontâneas e palavras de incentivo e encorajamento. 
A ˝procissão política˝ vai no adro, mas está assegurado que ˝povu ka burro˝ e entende muito bem ˝quem é quem˝ !
Alabarka Kumus Dindim Banko"…-DSP
FV/NB
Tribunal de Recurso valida resultados, vitória da Fretilin
    
O Tribunal de Recurso timorense validou segunda-feira os resultados finais das legislativas de 22 de julho, confirmando a vitória da Fretilin, permitindo que o Presidente de Timor-Leste convide o partido a formar Governo.
Deolindo dos Santos, presidente do Tribunal de Recurso leu o acórdão numa audiência com representantes dos partidos políticos, o presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e observadores nacionais e internacionais.

"Este coletivo de juízes delibera julgar válidas as eleições realizadas em 22 de julho e definitivos os resultados apurados a seguir disseminados que agora são proclamadas pelo presidente do Tribunal de Recurso", disse Deolindo dos Santos, lendo o acórdão.

O acórdão, assinado pelos três juízes do Tribunal de Recurso, Deolindo dos Santos, Guilhermino da Silva e Natércia Gusmão, notou que a tabulação nacional realizada pela CNE não foi alvo de recurso.

"O apuramento feito por esta comissão está correto e a conversão de votos em mandatos e atribuição de mandatos foi feita de acordo com o disposto" na lei em vigor, considerou o tribunal.

 FV/ANG/Lusa


           Entendimento com União Europeia para envio de peritos à Luanda

O Governo angolano anunciou segunda-feira um entendimento com a União Europeia (UE) apenas para o envio de quatro peritos, para acompanhamento das eleições gerais, classificando como inaceitáveis as "exigências" para uma equipa de observadores eleitorais.
 
A posição foi assumida pelo diretor para África, Médio Oriente e Organizações Regionais do Ministério das Relações Exteriores angolano, embaixador Joaquim do Espírito Santo, numa conferência de imprensa em Luanda, convocada numa altura de críticas, internas e externas, à exclusão de uma missão europeia para observação das eleições angolanas, agendadas para 23 de agosto.

"Isso não nos deve preocupar. Angola não é um Estado-membro da União Europeia. A União Europeia não pode fazer exigências que vão para além daquilo que a lei eleitoral angolana estabelece", afirmou o diplomata, num encontro com os jornalistas inicialmente previsto com o ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti. 

O diplomata esclareceu que a UE "foi convidada" para o processo eleitoral angolano, enquanto "parceira" do Governo de Angola, mas que pretendia enviar a equipa de observadores muito antes das eleições gerais, entre outras condições colocadas e que deveriam ser alvo da assinatura de um memorando de entendimento entre ambas as partes.

"A União Europeia queria ter podido estar aqui mais tempo, no quadro da observação eleitoral. A resposta que recebeu é que, de fato, a nossa lei eleitoral não permitia isso", insistiu o embaixador Joaquim do Espírito Santo, questionado pelos jornalistas. 

"O que a União Europeia diz ou deixa de dizer, não nos preocupa. Nós queremos, tal como fizemos com outras organizações regionais, que a União Europeia marque a sua presença como parceiro importante, para que nos acompanhe nesta caminhada para o desenvolvimento, para a democratização de Angola", enfatizou.

O diplomata recordou que os únicos compromissos de Angola, em matéria de observação eleitoral, são com as entidades regionais, como a União Africana, Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos, Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), cujos respectivos e primeiros observadores são esperados a partir de hoje no país.

Uma fonte comunitária tinha já confirmado à Lusa, na sexta-feira, que a UE deverá apenas enviar uma pequena missão de peritos para estar presente em Angola durante o processo eleitoral, sem lugar a relatório oficial ou a declarações políticas.

O convite do Presidente cessante, José Eduardo dos Santos, para a UE enviar uma missão de observação eleitoral chegou a Bruxelas no dia 27 de junho, pelo que não houve tempo para preparar a deslocação de uma equipa de observadores, "uma vez que os aspetos logísticos devem ser tratados muito antes das eleições através de um memorando de entendimento", segundo a fonte comunitária.

Bruxelas ofereceu-se, no âmbito da "excelente parceria com Angola", para enviar uma missão de peritos eleitorais, "para estar presente durante todo o processo eleitoral".
Ao contrário do que acontece com a missão de observação, a de peritos não contempla qualquer declaração política final nem relatório oficial para divulgação.

 FV/ANG/Lusa